Jornal Correio Braziliense

Cidades

Delegado da PCDF é denunciado por sonegação, desobediência e prevaricação

Chefe da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria), Rodrigo Pereira Larizzatti se queixou de não ter sido ouvido "em nenhum momento" pelo MPDFT

Consta na nota divulgada pela Polícia Civil, ainda, que o delegado atua sozinho como chefe da 33; DP desde setembro, que trabalhou no período de férias oficialmente marcadas, e que a ausência para a reunião não configuraria interesse pessoal, mas ;o exercício de um direito ; o de participar de uma reunião associativa de entidade de classe;. ;O dr. Rodrigo Larizzatti diz que inscreveu chapa para concorrer à eleição classista da Adepol, mas, como ela foi impugnada por uma irregularidade estatutária, o delegado não concorreu efetivamente;.

Desobediência e sonegação

O delegado também teria incorrido em desobediência ao, supostamente, descumprir uma determinação do MPDFT para instaurar um inquérito com base em uma denúncia anônima. Ele afirma, no entanto, que não descumpriu a requisição, mas apenas ;retornou o documento, solicitando que o promotor indicasse quais eram as diligências que gostaria que fossem realizadas;.

;Posteriormente, foi instaurado o inquérito policial n; 1066/13 ,e de acordo com o delegado-chefe, os policiais da unidade já realizavam diligências para apurar os fatos da denúncia, que efetivamente eram graves e demandavam ação prioritária;. Pela mesma ocorrência, o delegado é acusado de sonegação de documento. Larizzatti afirmou, porém, que ;os documentos em questão foram juntados integralmente aos autos do inquérito n; 1066/13, não havendo qualquer sonegação;.

Repúdio

A Adepol e o Sindepol divulgaram uma nota de repúdio às acusações do MPDFT e confirmando as afirmações do delegado. No texto, eles ressaltaram que o delegado chefia sozinho a 33; DP, pois o adjunto está de licença médica, e os delegados cartorários cobrindo plantões na central de flagrantes, ;ficando sob sua responsabilidade todos os procedimentos da unidade;. ;Em que pese a carência de recursos humanos e materiais que assola a Polícia Civil do Distrito Federal, o inquérito policial cuja instauração foi requisitada foi devidamente instruído e trabalhado, inclusive com diversas diligências cumpridas;, afirmaram.

Eles também reafirmaram que a ausência do delegado em 13 de outubro não prejudicou as providências quanto à ocorrência de violência doméstica. A mulher teria sido, segundo o texto, ;integralmente atendida pela seção de atendimento à mulher;. Além disso, ;havia Delegado de Polícia de plantão na 20; DP (que cobre a área da 33;) para a adoção de medidas urgentes cabíveis;.

Na visão das duas instituições, a divulgação das denúncias revelaram ;arbitrário abuso de poder praticado por membros de um órgão de extrema relevância para a sociedade;. O texto divulgado trata as acusações como levianas e atacam o MPDFT, afirmando que o órgão moveu ;o caro aparato da justiça criminal para apurar questiúncula; sem, antes, apurar administrativamente o caso. Afirmaram, ainda, que fundamentar a denúncia na candidatura do delegado à presidência da Adepol é ;um golpe ao direito constitucional à representatividade de classe;.

;Por tudo isso, temos a convicção de que o Poder Judiciário e o próprio MPDFT não se coadunarão com a posição isolada dos promotores de Santa Maria levada a cabo pelo Núcleo de Controle Externo e que os fatos serão devidamente esclarecidos. As Entidades Integradas darão todo o suporte necessário à defesa do Dr. Rodrigo Larizzatti e, caracterizado o abuso, buscarão a responsabilização dos responsáveis e a reparação dos graves danos causados à imagem do Dr. Rodrigo Larizzatti;, concluíram.

A reportagem tentou contato com Larizzattipor por telefone, mas ele não atendeu ou retornou às ligações. A equipe do Correio também procurou o MPDFT e aguarda retorno.