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A Polícia Civil de Goiás apura o caso de um suposto serial killer do estado. Preso por homicídio na última terça-feira (6/12) pelo Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) do Novo Gama (GO), no entorno do Distrito Federal, Carlos Henrique dos Santos, 24 anos, declarou em depoimento informal autoria de nove assassinatos. No entanto, a polícia confirma a morte de apenas duas vítimas do rapaz, conhecido como ;Galeguinho;: uma delas em 2010 e outra no mês passado.
O homem é suspeito de decapitar Uenes da Silva Nunes, 31, no último dia 29. A vítima teria bebido a cachaça do acusado sem permissão, em uma chácara no Novo Gama, o que teria irritado o suposto assassino, segundo o delegado responsável pelo caso, Danillo Martins. Após uma briga, a vítima teria ido embora, enquanto Carlos Henrique, acompanhado de um comparsa, a perseguia. A dupla, em seguida, teria degolado Uenes a facadas enquanto o rapaz dormia. O homem que teria ajudado o acusado a cometer o crime está foragido.
[SAIBAMAIS]Carlos Henrique relatou aos investigadores do GIH que manteve a cabeça da vítima na varanda de sua casa enquanto voltava a beber cachaça. Em seguida, ele e o comparsa enterraram as partes decepadas em uma chácara. Na segunda-feira (5/12), Carlos desenterrou a cabeça e a mão da vítima, colocou os pedaços em uma mochila e pegou carona rumo ao Parque Vaquejada, onde abandonou parte do corpo de Uenes.
Investigação
O delegado reforça que não há confirmação da autoria de Carlos Eduardo nas outras sete mortes. ;Quando questionado, o rapaz deu respostas vagas. Disse apenas que matou ;uns pebinhas;. Perguntamos onde e quando, e ele respondeu ;no entorno, mas já faz muito tempo;. Por enquanto, informações imprecisas;, conta.
Carlos Henrique é responsável por outro homicídio, cometido de modo semelhante, em 2010, quando o rapaz tinha 17 anos. ;O suspeito foi condenado pelo crime de seis anos atrás. Ele teria de cumprir medida sócio-educativa, porque, à época, era menor de idade. Mas não foi localizado a tempo e, por isso, o procedimento se extinguiu;, relembra o delegado.
O acusado está preso e responderá por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Se confirmados os nove assassinatos, a Justiça pode condená-lo a, no mínimo, 109 anos de reclusão.