<div align="justify"><div style="text-align: left">Fiscais do Programa de Avaliação Seriada (PAS) impediram alunos com deficiência auditiva, física e visual de fazerem as provas, portando o aparelho auditivo e uma lupa de aumento. O incidente aconteceu no último sábado (3/12), no Centro de Ensino Fundamental 1 (CEF), no Paranoá. Segundo os pais dos estudantes, se eles não se adequassem às recomendações dos fiscais, teriam que voltar para casa, sem a realização do exame. O Cespe, responsável pela aplicação da prova, informou que os candidatos tiveram os pedidos de atendimento especial indeferidos por entregarem os documentos necessários dentro do padrão previsto em edital.</div><div style="text-align: left"><br /></div><div style="text-align: left"><a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwOi8vd3d3LmNvcnJlaW9icmF6aWxpZW5zZS5jb20uYnIvY2lkYWRlcy0tLWRmLyIsImxpbmsiOiJodHRwOi8vd3d3LmNvcnJlaW9icmF6aWxpZW5zZS5jb20uYnIvY2lkYWRlcy0tLWRmLyIsInBhZ2luYSI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIiLCJtb2R1bG8iOnsic2NoZW1hIjoiIiwiaWRfcGsiOiIiLCJpY29uIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiIsImlkX3RyZWVhcHAiOiIiLCJ0aXR1bG8iOiIiLCJpZF9zaXRlX29yaWdlbSI6IiIsImlkX3RyZWVfb3JpZ2VtIjoiIn0sInJzcyI6eyJzY2hlbWEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIn0sIm9wY29lcyI6eyJhYnJpciI6Il9zZWxmIiwibGFyZ3VyYSI6IiIsImFsdHVyYSI6IiIsImNlbnRlciI6IiIsInNjcm9sbCI6IiIsIm9yaWdlbSI6IiJ9fQ==">Leia mais notícias em Cidades</a></div><div style="text-align: left"><br /></div><div style="text-align: left">Brenda Alves dos Santos, 17 anos, cursa o 2; ano do ensino médio no Centro Educacional Darcy Ribeiro, no Paranoá. A jovem tem problemas auditivos, precisa do auxílio de um aparelho que a ajude a escutar. Entretanto, quando chegou na sala no CEF 1, teve uma infeliz surpresa: teria que guardar o dispositivo em um saco plástico, equiparando a um telefone celular. Ela já estava preocupada com o próprio desempenho na prova e entrou em desespero. ;Eles humilharam a minha filha do modo que falaram com ela. Como se ela fosse uma qualquer. Simplesmente menosprezando o problema;, desabafa Ivoneide Alves dos Santos, mãe de Brenda.</div><div style="text-align: left"> </div><div style="text-align: left">[VIDEO1] </div><div style="text-align: left"> </div><div style="text-align: left">Ela não foi a única a passar por situação constrangedora. João Victor Marques de Andrade, 17, também aluno do 2; ano e colega de sala de Brenda, é portador de deficiências física e visual. Na hora da inscrição, solicitou que a letra da prova fosse ampliada para facilitar a leitura, mas teve o pedido indeferido. No dia da prova, o jovem foi barrado de entrar com a sua lupa companheira de estudos. ;Eu achei muito triste ele não poder usar uma coisa que é de direito dele;, explica Marilene Marques, mãe de João Victor. </div><div style="text-align: left"><br /></div><div style="text-align: left">Em nota, o Cespe explica que conforme previsto no edital, o atendimento especial do candidato deve ser requerido previamente com toda a documentação necessária. ;O documento (laudo médico) deve ter sido emitido nos últimos 12 meses e deve conter assinatura e carimbo do médico, com o número de inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM). Caso a documentação não esteja de acordo com as determinações previstas em edital, o atendimento especial é indeferido.; </div><div style="text-align: left"><br /></div><div style="text-align: left">De acordo com a pasta, nos casos dos alunos em questão, os laudos haviam sido emitidos há mais de 10 anos - o de Brenda - e há mais de 20 meses - o de João Victor, motivo pelo qual os pedidos foram indeferidos. Sobre o uso do aparelho e da lupa, o órgão informou que os itens não estão previstos no edital e que por isso os estudantes não puderam entrar na sala de aplicação da prova com eles.</div></div>