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Professora recebe remédio de câncer do governo atrasado desde maio

Um dia depois de ter o drama contado no Correio, Rosana Vitelli obtém da Secretaria de Saúde uma caixa do medicamento Vandetanib, essencial para combater um câncer raro. Desde maio, ela está com o tratamento interrompido, apesar de ter uma ordem judicial



Entre 27 de junho e 28 de novembro, segundo a Secretaria de Saúde, não havia um exemplar do medicamento. Entretanto, antes, em maio, o tratamento de Rosana já havia sido interrompido. Há pelo menos três receitas médicas vencidas. Na tarde de ontem, Rosana passou por uma consulta de acompanhamento da doença e ficou indisposta até o fim da noite. ;Respiro mais aliviada agora. Não é a solução definitiva, mas pelo menos por um momento estou com o remédio;, comemora Rosana.
A Secretaria de Saúde alega que o remédio que mantém Rosana viva não é padronizado, ou seja, não faz parte da lista de itens disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é comprado apenas sob decisão judicial. Desde o ano passado, a professora aposentada tem a autorização da Justiça para receber o insumo. O Correio apurou que a pasta compra a medicação a cada seis meses. Antes de retomar o tratamento, ela passará por exames para medir a evolução do câncer. Amanhã será a primeira consulta.

A pasta garante que, no fim de fevereiro ; quando o estoque era suficiente para quatro meses ;, o Núcleo de Judicialização iniciou a nova aquisição. Porém, não explica a falha, tampouco como, em apenas um dia, a disponibilização do remédio foi viabilizada. O caso de Rosana está judicializado desde setembro de 2014. Com um câncer altamente agressivo, ela viu o tratamento ser interrompido pela segunda vez. No ano passado, houve ocasiões em que a terapia ficou parada por até quatro meses.

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