Embora continue o mais alto do país, o rendimento mensal das famílias do Distrito Federal vem diminuindo, ainda que de forma lenta. Depois de anos consecutivos de aumentos, a perda real foi de 0,7%. Reflexo da crise, do desemprego e da falta de reajuste para as categorias, tanto públicas quanto privadas. Em 2014, uma família vivia com R$ 3.579. Em 2015, caiu para R$ 3.553. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgada na manhã desta sexta-feira (25/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Os rendimentos oscilam muito. Mas se você pega o resultado anual, percebe queda. Entre as explicações pode estar o aumento da desocupação de entes das famílias. Além disso, com a crise, a pessoa não quer ser demitida e aceita queda no salário. Também tem o fato de as categorias - tanto do funcionalismo público, quanto privado - não conseguirem nem repor a inflação nas negociações salariais", analisa Michella Paula Cechinel Reis, supervisora de documentação e disseminação de informações do IBGE-DF.
"Os rendimentos oscilam muito. Mas se você pega o resultado anual, percebe queda. Entre as explicações pode estar o aumento da desocupação de entes das famílias. Além disso, com a crise, a pessoa não quer ser demitida e aceita queda no salário. Também tem o fato de as categorias - tanto do funcionalismo público, quanto privado - não conseguirem nem repor a inflação nas negociações salariais", analisa Michella Paula Cechinel Reis, supervisora de documentação e disseminação de informações do IBGE-DF.
Gênero
As mulheres do Distrito Federal ganham mais do que as profissionais de outros estados. Entretanto, a distorção com o salário masculino ainda não foi corrigida e, assim como em outros estados brasileiros, as mulheres ganham o correspondente à 75% do salário do homem.No DF, entre os homens empregados há a segunda maior desigualdade do país. Os maiores níveis de concentração da renda entre homens ocupados foram observados no Maranhão (0,551) e Distrito Federal (0,546), ao passo que os menores níveis, em Santa Catarina (0,413) e Goiás (0,412). "No caso dos homens, a gente observa que, no DF, aqueles que têm nível superior, ganham até quatro vezes mais do que aqueles com escolaridade mais baixa", analisa Michella.