<div style="text-align: left"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/11/08/556353/20161108105204994549o.JPG" alt="Alunos ocuparam a reitoria da Universidade de Brasília em 31 de outubro" /> </div><div style="text-align: left">Um grupo de alunos contrário à ocupação da Universidade de Brasília (UnB) fez uma denúncia no Ministério Público Federal (MPF) contra o acampamento no câmpus Darcy Ribeiro, que interrompeu aulas em cursos de graduação. O documento, com aproximadamente 3.050 assinaturas contrárias, foi protocolado no MPF no fim da tarde desta segunda-feira (7/11). Eles alegam que a ocupação infringe direitos sociais e individuais, a liberdade de ir e vir e o direito à manifestação se sobrepondo às aulas previamente marcadas.</div><div style="text-align: left"><strong> </strong></div><div style="text-align: justify"><a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwOi8vd3d3LmNvcnJlaW9icmF6aWxpZW5zZS5jb20uYnIvY2lkYWRlcy0tLWRmLyIsImxpbmsiOiJodHRwOi8vd3d3LmNvcnJlaW9icmF6aWxpZW5zZS5jb20uYnIvY2lkYWRlcy0tLWRmLyIsInBhZ2luYSI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIiLCJtb2R1bG8iOnsic2NoZW1hIjoiIiwiaWRfcGsiOiIiLCJpY29uIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiIsImlkX3RyZWVhcHAiOiIiLCJ0aXR1bG8iOiIiLCJpZF9zaXRlX29yaWdlbSI6IiIsImlkX3RyZWVfb3JpZ2VtIjoiIn0sInJzcyI6eyJzY2hlbWEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIn0sIm9wY29lcyI6eyJhYnJpciI6Il9ibGFuayIsImxhcmd1cmEiOiIiLCJhbHR1cmEiOiIiLCJjZW50ZXIiOiIiLCJzY3JvbGwiOiIiLCJvcmlnZW0iOiIifX0="><div style="text-align: left"><strong>Leia mais notícias em Cidades</strong></div><div style="text-align: left"><br /></div></a></div><div style="text-align: left">O estudante do 8; semestre de gestão de políticas públicas Jonas Coelho Nunes, 43 anos, é um dos que colaborou com a coleta de assinaturas e ajudou na elaboração da denúncia baseada, segundo ele, no artigo 5; da Constituição Federal. Na visão do grupo, as ocupações contrariam a carta magna. "A invasão está impedindo os alunos de frequentarem as aulas e profissionais, tanto professores quanto assistentes e técnicos, de circularem nos espaços. O movimento tem restringido o exercício do trabalho e o desenvolvimento da ciência e da parte intelectual. Inclusive, nas reuniões, o grupo dominante das invasões sufoca as vozes contrárias na base da ameaça, vaia e gritos. É uma coação", alega. </div><div style="text-align: left"> </div><div style="text-align: left">Nunes destaca, ainda, que nos diversos Centros Acadêmicos (CAs) os alunos têm se posicionado contra as ocupações. Ele explica que, na assembleia geral dos estudantes favoráveis à manifestação, não houve quórum para deliberar sobre a paralisação das atividades no câmpus. "Eles obtiveram 1,3% dos votos necessários para decidirem pela ocupação. Além disso, a comissão que convocou a assembleia não é da gestão do DCE (Diretório Central dos Estudantes), mas, sim, eleitoral. Eles não têm competência para deliberação de assuntos diversos e não há, sequer, legitimidade", considera.</div><div style="text-align: left"><br /></div><div style="text-align: left">Em resposta ao <strong>Correio</strong>, o movimento Ocupa UnB reiterou que acredita na legitimidade da ocupação, em razão de a decisão ter sido tomada em assembleia com 1.424 assinaturas. Também defendem que o abaixo assinado entregue ao MPF não tem poder deliberativo, por não ter passado por avaliação em outra assembleia. Confira a resposta, enviada por meio de nota: </div><div style="text-align: left"> </div><div style="text-align: left"><em>"Há uma semana, tivemos uma histórica Assembleia (31), que reuniu 1.424 assinaturas, sendo que houve denúncias de listas de presença rasgadas por movimentos contrários - ou seja, o número total de alunos era ainda maior do que o que conseguimos registrar. Vale ressaltar que foi a maior assembleia em quase 10 anos e uma das maiores da história da UnB, convocada pela Comissão Eleitoral do DCE, a qual tem total respaldo para convocar assembleias deliberativas, de acordo com o estatuto do DCE.</em></div><div style="text-align: left"><em> </em></div><div style="text-align: left"><em>O processo de ocupação da Reitoria da Universidade se deu, portanto, de maneira democrática, assim como a ocupação dos institutos, que foram deliberadas através de assembleias internas, a partir da autonomia de cada curso. Indo além de números e processos burocráticos, trata-se de uma inserção da UnB nos movimentos nacionais em defesa da educação. As ocupações, as greves e as atividades são legítimas e têm respaldo e apoio dos técnicos, administrativos e docentes da Universidade (como declarado HOJE em assembleia da ADUnB - Associação dos Docentes da UnB e outros dias em notas de professores de diversos cursos). O próprio reitor declarou que o direito dos estudantes de se manifestarem de forma pacífica é reconhecido, conforme nota soltada no site no dia 4. Reiteramos, então, que nosso movimento é sim legítimo.</em></div><div style="text-align: left"><em> </em></div><div style="text-align: left"><em>Quanto às assinaturas enviadas ao Ministério Público, reforçamos que a Assembleia é a instância máxima de deliberação dos discentes, portanto o movimento só pode ser revogado em outra assembleia. Abaixo assinado não tem poder deliberativo superior à assembleia e não pode determinar a desocupação. As informações que a Ocupação recebeu foi que nenhum Centro Acadêmico (CA) se colocou a favor da PEC, porém só 8 CAs, num universo de mais de 40, se manifestaram contra as ocupações. </em></div><div style="text-align: left"><em> </em></div><div style="text-align: left"><em>O debate da PEC 55, MP 746 e Escola Sem Partido só foi possibilitado por causa do movimento. Acreditamos que esses espaços são muito importantes para o momento que estamos vivendo e acreditamos na necessidade participação social dos estudantes na política, em exercício ao seu dever histórico de pautar educação pública de qualidade.</em></div><div style="text-align: left"><em> </em></div><div style="text-align: left"><em>Lembramos que as ocupações são abertas ao público, com assembleias semanais que dão espaço para manifestações favoráveis e contrárias ao movimento e convidamos todas e todos a participar desse momento democrático."</em></div><div style="text-align: left"> </div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify"><br /></div>