A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) definiu medidas para uso racional da água nesta segunda-feira (31/10). As resoluções foram publicadas no Diário Oficial do Distrito Federal. A empresa pública restringiu o horário para captação com caminhões-pipa, reduzirá a vazão de água subterrânea extraída e orienta estabelecimentos como lava-jatos a usarem menos água.
As medidas devem vigorar até que os reservatórios do DF estejam menos comprometidos. O volume acumulado na barragem do Rio Descoberto, responsável pelo abastecimento de 65% da capital, atingiu 22,42% nesta segunda.
No caso dos poços de captação subterrânea, a autorização concedida pela Adasa aos usuários será reduzida pela metade, exceto para casos de consumo humano de uso coletivo e o industrial. A medida atinge diretamente postos de combustíveis e lava-jatos, que comumente usam esse modelo.
[SAIBAMAIS];Orientamos os estabelecimentos a usarem sistemas mais eficientes, como bombas de alta pressão e de baixa vazão, além de não usar água para lavar para-brisas, nem irrigar os jardins que compõem o paisagismo dos postos;, recomenda o superintendente de Recursos Hídricos da Adasa, Rafael Mello. Esses estabelecimentos são também orientados a fazer reúso da água, sempre que possível.
Outra medida adotada pela agência é a redução dos períodos de captação para caminhões-pipa. Antes disponíveis durante todo o dia, os pontos de captação do DF estarão liberados apenas das 6h às 14h. De acordo com a estatal, há cerca de 400 máquinas do tipo na região, cada uma com capacidade para absorção de 10 metros cúbicos de água. Os textos oficializam medidas que já haviam sido acordadas entre a Adasa e os sindicatos e associações dos setores responsáveis.
Multa
Nos casos de descumprimento, as penalidades variam de interrupção dos sistemas a multas proporcionais à gravidade da infração - de R$ 100 a R$ 100 milhões, de acordo com a Resolução n; 163, de 2006.
Com informações da Agência Brasília