<div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/10/27/555018/20161027131328550950a.jpg" alt="Em 2015, apenas 6% das mulheres da faixa de risco em 50 e 69 anos passaram pelo teste de mamografia" /> </div><div style="text-align: justify">O Ministério Público Federal (MPF) enviou à Justiça uma ação civil pública para que a Secretaria de Saúde do DF apresente em 180 dias um cronograma para zerar a fila de espera para o exame de mamografia. O <strong>Correio </strong>mostrou no domingo que dos 12 mamógrafos da Secretaria de Saúde, apenas um está funcionando. Na fila para o exame constam 8,5 mil nomes. </div><div style="text-align: justify"> </div><div style="text-align: justify">Ao explicar o pedido de liminar, a procuradora da República Luciana Loureiro Oliveira argumenta que existe um risco real de diagnóstico tardio de neoplasias mamárias o que diminui consideravelmente a eficácia dos tratamentos e, por consequência, aumenta a mortalidade."O sistema de ações de saúde relacionadas ao câncer de mama, vem funcionando de forma precária e as parcas providências já adotadas pelo GDF jamais são concluídas em prazos razoáveis", escreveu em sua decisão. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em 2015, apenas 6% das mulheres da faixa de risco em 50 e 69 anos passaram pelo teste. Dos 124 mil diagnósticos necessários para a prevenção, somente 7,5 mil se concretizaram. Por ano, 230 mulheres morrem no DF vítimas do câncer de mama. Desde 2010 a taxa de óbitos é crescente. Naquele ano foram 12 mortes para 100 mil casos. Hoje, são 15 a cada grupo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Outra constatação do Ministério Público é que os mamógrafos disponíveis estão obsoletos e não há pessoal capacitado a operá-los. Não há sequer processo em andamento para contratação de serviços de manutenção. O número de 12 equipamentos é o mesmo desde 2011. Atualmente, apena o aparelho do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) está funcionando. "Faz-se urgente e imprescindível uma determinação do Poder Judiciário para que o DF estruture o sistema de ações de saúde;, argumenta a procuradora.</div><h3 style="text-align: justify"><span style="font-weight: normal"><br />Risco</span></h3><div style="text-align: justify">As mulheres da capital federal são as mais expostas ao câncer de mama no Centro-oeste. O Instituto Nacional de Câncer José Alencar (INCA) estima que são 67,74 casos a cada 100 mil mulheres. O panorama nacional também é pessimista: o DF é a quarta unidade da Federação com mais situações da doença, atrás do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e de São Paulo. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A Secretaria de Saúde sequer consegue cumprir a Lei Federal 12.732 de 2012 que prevê o tratamento contra o câncer no Sistema Único de Saúde (SUS) em até 60 dias após o diagnóstico. Essa determinação vale para todos os tipos de câncer. Em nota, a Secretaria de Saúde informou que, nesta semana, deu início à normalização do funcionamento dos mamógrafos da rede. Seis dos 12 equipamentos voltarão a funcionar, já que o estoque de filmes para revelação dos exames está sendo regularizado e o processo de digitalização já foi iniciado. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A pasta garante que a demanda reprimida poderá ser zerada em dois meses. "Cada aparelho fará cerca de 30 exames por dia. A intenção é desenvolver um programa regular voltado para mulheres a partir dos 50 anos de idade", destaca trecho do texto.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify"><strong>TRATAMENTO</strong></div><div style="text-align: justify">Veja panorama do serviço no DF</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A fila para realizar o exame de mamografia conta com 8,5 mil pessoas no DF</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Apenas 6% das mulheres da faixa de risco em 50 e 69 anos passaram pelo teste. Dos 124 mil diagnósticos necessários para a prevenção, somente 7,5 mil se concretizaram</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Dos 12 mamógrafos da Secretaria de Saúde, somente um funciona</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Por ano, 230 mulheres morrem vítimas do mal na cidade</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Há cerca de 25 mastologistas no quadro da Secretaria de Saúde.Cidades como Brazlândia e Planaltina não têm a especialidade</div>