Jornal Correio Braziliense

Cidades

Protesto no Buriti contra adiamento de reajuste reúne 32 categorias

O governo do DF informou que não há datas para negociar com nenhum segmento

Entidades representativas do funcionalismo público brasiliense formaram um movimento unificado de 32 categorias, que se reunirão pela manhã na Praça do Buriti e podem decidir pela greve. Para tentar evitar a paralisação de áreas como educação, saúde, segurança pública e administração direta, o governo de Brasília apresentou ontem planilhas de gastos aos representantes dos servidores a fim de convencê-los de que não há possibilidade de negociação. As relações pioraram desde que o Executivo local adiou, pelo segundo ano consecutivo, o pagamento da última parcela do reajuste salarial, aprovado na gestão de Agnelo Queiroz (PT) (leia Memória). Há duas semanas, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) disse que prefere pagar os salários em dia do que ;quebrar Brasília;.


A mobilização de hoje se desenha desde a semana passada, quando começaram as paralisações. Hospitais públicos suspenderam diversos serviços. As visitas ao Complexo Penitenciário da Papuda e à Penitenciária Feminina estão canceladas desde ontem por causa da greve dos agentes penitenciários. A transferência de 96 presos ontem do Departamento de Polícia Especializada (DPE) para o Centro de Detenção Provisória (CDP) também não ocorreu. Parados desde segunda-feira, policiais civis impediram que um veículo da Polícia Militar passasse por perícia após um dano na lataria.


O secretário adjunto de Fazenda, Wilson José de Paula, chegou a destacar ontem, em uma reunião na Câmara Legislativa, que o governo voltaria a negociar com a Polícia Civil em fevereiro de 2017, mas, à noite, o GDF informou que, na prática, não há data para negociar com nenhuma categoria. Os policiais civis pedem equiparação com o reajuste da Polícia Federal, determinado pela União. Hoje, eles realizam nova assembleia. O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do DF (Sindepo), Rafael Sampaio, ressaltou as dificuldades nas negociações. E o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol), Rodrigo Franco, reivindicou uma definição ainda em 2016. ;Não há vontade política do governador em resolver a questão;, reclama.

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