Jovem, estudante de direito, evangélica, roqueira e agora mais uma vítima da violência urbana. É assim que familiares e amigos de Ana Rita Graziela Rodrigues, 21, a classificam. A pouco menos de 15 minutos para terminar o expediente de sexta-feira (21/10), a jovem foi alvejada com dois tiros na cabeça ao dizer que não possuía celular. Hoje à tarde (22/10), amigos e familiares se reuniram para pedir justiça e segurança.
"Queremos justiça. Espero que as pessoas que cometeram isso sejam encontradas e punidas. Perdemos uma grande amiga", protestou Marco Aurélio Bispo, 26, amigo da vítima e responsável por confeccionar cartazes. O fato que chama atenção no crime é que era dia pagamento. Familiares acreditam que alguém informou os bandidos. "Sem dúvidas que eles sabiam", afirmou Giovanna Telles, mãe da vítima.
[SAIBAMAIS]O pedido agora é que o governador Rodrigo Rollemberg e a Secretaria de Segurança do Distrito Federal coloquem mais policiais nas ruas. "Tem muito mais bandido do que policial na rua", criticou Giovanna. Segundo moradores e trabalhadores da região, o local não tem policiamento e os assaltos são frequentes. Um comerciante, que prefere não ser identificado para não sofrer represálias, afirma trabalhar com medo. "A praça aqui do lado é uma boca de fumo. A polícia passa e não faz nada", comenta.
Ele acredita que, infelizmente, a repercussão do crime não fará com que o policiamento melhore. "Eles (policiais) vão passar por uns dois ou três dias, depois nunca mais", lamentou. O crime foi registrado na 29; Delegacia de Polícia, do Riacho Fundo, como latrocínio. De acordo com testemunhas, o assaltante trajava camisa social listrada, calça jeans escura e tem pele branca e olhos claros. O homem teria fugido num Fiat Pálio vermelho, que os vizinhos garantem já terem visto pela região. A Polícia Civil investiga o crime.