A paralisação iniciou às 8h desta segunda-feira e tem duração de 24 horas. Durante esse período, as portas das delegacias estarão fechadas, com agentes orientando sobre o movimento. "Já tem um mês que a categoria não é chamada para negociações. Além dessa ausência, estamos percebendo que o governo está com um tratamento diferenciado entre a PC e a Polícia Civil. Os militares receberam um reajuste no auxílio moradia", detalhou Rodrigo Franco, presidente do Sinpol-DF.
Os policiais também protestam contra a reabertura de sete delegacias em plantão de 24 horas. Durante o movimento reivindicatório por reajuste salarial de 37%, o Departamento de Polícia Circunscricional (DPC) decidiu fechar unidades sem equipe completa (agentes, escrivães e delegados) após as 19h. Mas, pressionado pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), que recomendou a suspensão da ordem, o diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba mandou voltar o funcionamento sem interrupção. "Não temos efetivo suficiente para isso. Os plantões estão com número insuficiente de policiais", afirmou Franco.
Em nota, o Sindicato dos Delegados de Polícia do DF (sindepo) informou que, entrou em contato com a Diretoria do Sinpol e ajustou que as prisões em flagrante serão recebidas e formalizadas normalmente durante a paralisação, assim como o atendimento às vítimas de violência doméstica.
Foi marcada uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para às 14h desta segunda-feira (17/10), no Complexo da PCDF, onde policiais civis farão uma manifestação contra o diretor-geral da PCDF, Eric Seba. O motivo é a suspensão por parte do diretor da medida que havia restringido o horário de funcionamento das delegacias. De acordo com os policiais, a atitude foi tomada mesmo sem garantir o efetivo necessário para a reabertura de delegacias em sistema de plantão.