Os moradores da capital sofrem com o aumento no número de crimes contra o patrimônio. O índice mais do que dobrou em setembro, em relação ao mesmo período de 2015. Neste mês, a Polícia Civil registrou 5.070 ocorrências da modalidade, contra 2.204 no ano passado. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social. Técnicos da pasta justificaram o crescimento nas estatísticas com a greve de policiais civis em setembro de 2015, quando as delegacias ficaram fechadas e impediram o registro de ocorrências. Dessa forma, na análise desse mês, o ano anterior contaria, apenas, com 10 dias. Os dados foram divulgados ontem (veja Insegurança).
[SAIBAMAIS]No total, 75,4% dos roubos cometidos foram contra pedestres, seguidos por roubo a veículos, com 37,1%. De acordo com o levantamento, os assaltos com violência ocorrem mais vezes entre segunda-feira e quarta-feira. As cidades com mais casos são: Ceilândia, Samambaia, Taguatinga, Brasília, Planaltina, Santa Maria, São Sebastião e Estrutural. Na metade de setembro, uma moradora e três funcionários ficaram reféns de um criminoso e dois adolescentes no Setor de Mansões do Lago Norte. O grupo invadiu a casa por volta das 15h. Vizinhos viram a situação e chamaram a Polícia Militar. O trio foi detido.
Os dados da Secretaria de Segurança também mostram que o total de homicídios teve queda em relação a 2015. Até setembro do ano passado, 443 pessoas morreram assassinadas no DF. A maioria dos crimes foi cometido por jovens entre 16 e 24 anos. Janeiro deste ano registrou a maior quantidade desse tipo de crime, contabilizando 74 mortes.
Jovens
Outro ponto abordado no balanço da criminalidade foi a atuação da Polícia Militar. Do início do ano até 30 de setembro, a PM atendeu 190 mil ocorrências. Desse total, 26,9 mil pessoas foram detidas. Além disso, a corporação apreendeu 1,9 mil armas de fogo. Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, Marcos Antônio Nunes de Oliveira, eventos como Olimpíadas e a votação do impeachment impactaram diretamente no trabalho ostensivo. ;Esses dias atípicos na capital exigiram uma atuação maior da PM. Somente após o Sete de Setembro conseguimos relaxar relativamente;, afirmou.