Cidades

Organizadora de festas do Distrito Federal é acusada de dar golpe

Cerca de 60 pessoas teriam sido prejudicadas por Maggie Lima; segundo integrantes do grupo, as dívidas da doceira chegariam a R$ 100 mil

postado em 13/09/2016 21:18

No aniversário do sobrinho de Camila de Amorim foram investidos R$ 5 mil por doces para 200 pessoas, decoração e bolo. Porém, no dia da festa teriam sido entregues apenas os doces mostrados na foto e dois dos bonecos da decoração, fazendo a família ter que improvisar o resto

Famosa no ramo de festas infantis no Distrito Federal, Maggie Lima está sendo acusada por grupo de 60 pessoas por não cumprir contratos firmados. A empresária é famosa na capital pelos doces personalizados, chegando a atender até sete festas por final de semana. Entre as acusações estão a não entrega total ou parcial de doces, decorações mal feitas e falta de pagamento de ex-funcionários e fornecedores.

As acusações tomaram forma após a postagem da empresária Camila de Amorim, 25 anos, em um grupo no facebook, onde relatou os problemas que teve com a contratada durante a festa de aniversário de cinco anos do sobrinho. ;Fechamos acordo com ela em março para uma festa que aconteceu na primeira semana de setembro. Pagamos R$ 5 mil por decoração, doces personalizados, bolo e outros itens;, relata Camila. O problema foi que, no dia da festa, apenas parte do acordo foi cumprido. ;Ela não entregou 1% dos doces combinados, não levou o bolo que seria servido e para a decoração só colocou dois bonecos que depois acabei descobrindo que nem eram dela;, conta.

Após a postagem, clientes, fornecedores e ex-funcionários relataram que também já haviam sido enganados pela organizadora, e decidiram criar um grupo para debater o assunto, que até o momento já conta com 60 membros. Segundo Tayanne Torres, que já trabalhou para Maggie, as dívidas dela com os integrantes do grupo já devem beirar os R$ 100 mil. ;Trabalhei com ela por cinco meses e não recebi um centavo. Às vezes ela tinha encomenda de festa para entregar no sábado e só começava a fazer na sexta, saia pedindo ajuda e dinheiro emprestado para todo mundo. Só pra minha família ela deve cerca de R$ 8 mil;, afirma Tayanne.

Defesa
Em conversa com a equipe do Correio, Maggie Lima contou que nunca havia tido dificuldades para entregar encomendas pontualmente, mas após problemas pessoais nas últimas semanas enfrentou pequenas dificuldades. ;Imprevistos acontecem, mas sempre deixava meus clientes a par da situação. Quando não foi possível entregar tudo que foi encomendado, ou o tipo de doce pedido, eu ligava para a cliente a informando e negociava novamente. Nunca deixei cliente na mão, nunca deixei de entregar uma festa;, defende-se Maggie.

Maggie conta que abandonou o ramo de organização de festas no final do ano passado, trabalhando atualmente apenas com o ramo de doces, e que devido a pressão recebida, decidiu parar de pegar novas encomendas, continuando no ramo apenas até cumprir os contratos já firmados. ;É um setor muito difícil, trabalhamos de segunda a segunda. Demorei anos para construir um nome e agora o vejo sendo destruído em minutos. Têm pessoas me acusando que nunca me contrataram. Estão inventando que estou fugida para São Paulo e que não retorno ligações, enquanto estou agindo normalmente e tentando honrar com todos os meus compromissos;, conta.

Ainda existem 30 contratos firmados com Maggie Lima até o final do ano, e a doceira garante que irá cumpri-los. ;Todos contratos serão honrados. Decidi abandonar o ramo, mas não deixarei ninguém na mão;, afirma. Segundo a Polícia Civil, até o momento não existem boletins registrados que citem Maggie Lima.

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