Jornal Correio Braziliense

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Brasília iniciou o revezamento da Tocha Paralímpica no país

Paratletas participam da honraria, que passou por vários pontos da cidade relacionados com a categoria, como o Sarah Kubitschek, no Lago Norte

Após 11 dias do encerramento dos Jogos Olímpicos Rio-2016, Brasília deu o primeiro passo rumo aos Jogos Paralímpicos com o revezamento da tocha. A capital tornou-se a primeira cidade a receber a chama. O revezamento começou com a cerimônia de acendimento da pira olímpica, no estacionamento 12 do Parque da Cidade, às 9h30. O governador Rodrigo Rollemberg e a secretária de Esportes, Leila Barros, acompanharam a cerimônia. ;Estamos muito felizes e honrados de mais uma vez inaugurarmos a passagem da tocha, agora a paralímpica, pela capital;, afirmou o governador. Leila destacou o momento para chamar atenção para as políticas públicas que buscam igualdade dentro da cidade. ;Dentro das dificuldades, o esporte entende que é importante os deficientes estarem inseridos nesses espaços.;

A novidade da cerimônia ficou por conta do mecanismo de acendimento da pira. Com a ajuda da tecnologia, internautas do mundo todo enviaram mensagens para gerar energia suficiente e, assim, acender a chama. Dessa forma, a tocha foi ligada enquanto um painel eletrônico mostrava de onde vinham os recados. Coube a Ulisses de Araújo, professor da Secretaria de Educação e fundador da Associação do Centro de Treinamento de Educação Física Especial, a honra de acendê-la manualmente. Ulisses foi escolhido como mensageiro de Brasília e passou a chama ao primeiro condutor, Cláudio Irineu da Silva, campeão do Parapan de 2007 no vôlei sentado.

;Estou encerrando meu ciclo de atleta paralímpico e achei que não teria oportunidade de participar. Mas estou aqui, abrindo este revezamento e levando a chama que vai iluminar nossos atletas;, comentou Cláudio. Depois de seguir em comboio para o Parque das Garças, a tocha chegou à unidade da Rede Sarah na QI 13 do Lago Norte. Em meio aos pacientes, o revezamento começou no lago, em um dos barcos adaptados da unidade, e terminou na quadra de basquete de cadeira de rodas. Os pacientes que praticavam as atividades de reabilitação puderam acompanhar de perto a condução.

Emoção
Depois do almoço, o trajeto seguiu pelo Instituto Educacional e Profissionalizante para Pessoas com Deficiência (Icep), a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e o Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (Ceedv), antes de voltar ao Parque da Cidade. A entrada do Ceedv, na 612 Sul, ficou cheia para receber a tocha. Bruna Gomes, 13, aluna do Centro de Ensino Médio Setor Leste, se emocionou ao assistir à passagem do artefato. ;Eu me senti representada. Sou cega igual a uma das atletas que conduziu a tocha. É bom ter exemplos de que ser deficiente visual não é empecilho para lutar pelos nossos sonhos;, conta.
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