Sem proposta de reajuste salarial, mais de 700 servidores, sendo 196 delegados em cargos comissionados de chefia, manifestaram a intenção de entregar as funções. No total, 1.063 policiais ; entre agentes, delegados, escrivães, agentes policiais de custódia, papiloscopistas, peritos criminais e médicos legistas ; ocupam altas posições na corporação. Os servidores sinalizaram deixar as funções ontem no protocolo do Departamento de Gestão de Pessoas (DGP). São delegados-chefes e adjuntos, além de diretores e chefes de seções.
Na assembleia dos delegados no Clube da Associação dos Delegados de Polícia do DF (Adepol), realizada às 15h, ficou definida uma comissão para organizar a entrega dos cargos. O encontro reuniu parlamentares da Câmara Legislativa e da Câmara dos Deputados e ex-diretores gerais da Polícia Civil. Em seguida, eles se deslocaram para a Direção-Geral, no Parque da Cidade, e entregaram um manifesto de intenção. É necessário, ainda, que peçam exoneração a partir de um documento. Nesse caso, ele é enviado ao diretor-geral, que precisa formalizar o ato, assinar e conduzi-lo à Casa Civil, o que pode levar três dias. Só depois a demissão é publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).
Apesar da mobilização, nem todos abriram mão dos cargos. Permanecem o diretor-geral; o chefe do Departamento de Administração Geral (DAG); o corregedor; o diretor de Gestão de Pessoas; a chefe do Departamento de Polícia Especializada; e o diretor da Divisão de Comunicação. Manifestaram a saída os 31 delegados-chefes das unidades circunscricionais; alguns das especializadas; o diretor do Departamento de Polícia Circunscricional (DPC); o chefe do Departamento de Atividades Especiais (Depate); o titular da Academia de Polícia Civil do DF; além dos que assumem altos cargos nos institutos de Identificação, Criminalística e de Medicina Legal.
Internamente, a informação é de que a polícia está dividida: um grupo quer ver o caos instalado na corporação e, consequentemente, a saída do diretor-geral, Eric Seba. Outro analisa a situação como oportunismo e chantagem. Os policiais marcaram uma assembleia para amanhã, às 14h, em frente ao Palácio do Buriti. Uma nova paralisação não está descartada. Até lá, segundo a categoria, a Operação PCDF Legal, de indicativo de greve, continua.
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