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Assembleia prevista para quinta deve determinar nova greve da Polícia Civil

Mais de 700 policiais civis, entre 200 delegados em cargos comissionados, protocolam manifesto de intenção de abandonar os postos na Polícia Civil do DF. Assembleia prevista para amanhã pode determinar nova greve da categoria



Sem proposta de reajuste salarial, mais de 700 servidores, sendo 196 delegados em cargos comissionados de chefia, manifestaram a intenção de entregar as funções. No total, 1.063 policiais ; entre agentes, delegados, escrivães, agentes policiais de custódia, papiloscopistas, peritos criminais e médicos legistas ; ocupam altas posições na corporação. Os servidores sinalizaram deixar as funções ontem no protocolo do Departamento de Gestão de Pessoas (DGP). São delegados-chefes e adjuntos, além de diretores e chefes de seções.

Na assembleia dos delegados no Clube da Associação dos Delegados de Polícia do DF (Adepol), realizada às 15h, ficou definida uma comissão para organizar a entrega dos cargos. O encontro reuniu parlamentares da Câmara Legislativa e da Câmara dos Deputados e ex-diretores gerais da Polícia Civil. Em seguida, eles se deslocaram para a Direção-Geral, no Parque da Cidade, e entregaram um manifesto de intenção. É necessário, ainda, que peçam exoneração a partir de um documento. Nesse caso, ele é enviado ao diretor-geral, que precisa formalizar o ato, assinar e conduzi-lo à Casa Civil, o que pode levar três dias. Só depois a demissão é publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).

Apesar da mobilização, nem todos abriram mão dos cargos. Permanecem o diretor-geral; o chefe do Departamento de Administração Geral (DAG); o corregedor; o diretor de Gestão de Pessoas; a chefe do Departamento de Polícia Especializada; e o diretor da Divisão de Comunicação. Manifestaram a saída os 31 delegados-chefes das unidades circunscricionais; alguns das especializadas; o diretor do Departamento de Polícia Circunscricional (DPC); o chefe do Departamento de Atividades Especiais (Depate); o titular da Academia de Polícia Civil do DF; além dos que assumem altos cargos nos institutos de Identificação, Criminalística e de Medicina Legal.

Internamente, a informação é de que a polícia está dividida: um grupo quer ver o caos instalado na corporação e, consequentemente, a saída do diretor-geral, Eric Seba. Outro analisa a situação como oportunismo e chantagem. Os policiais marcaram uma assembleia para amanhã, às 14h, em frente ao Palácio do Buriti. Uma nova paralisação não está descartada. Até lá, segundo a categoria, a Operação PCDF Legal, de indicativo de greve, continua.

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