Além do DF e do município goiano, agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em Vila Velha (ES), em Sinop (MT) e em Cuiabá (MT). Ao todo, participaram da operação cerca de 150 policiais federais. De acordo com a corporação, os envolvidos foram identificados durante o armazenamento e distribuição do material ilícito em redes ponto-a-ponto na internet. Os agentes também colheram diversos depoimentos de envolvidos e testemunhas ao longo das investigações.
A investigação teve início entre janeiro e março de 2015. A PF descobriu uma rede de compartilhamento de pornografia infantil e deu início às investigações. Policiais localizaram imagens de crianças e adolescentes em relações sexuais e até de um bebê sofrendo abusos. De acordo com o delegado Stenio Santos Souza, chefe do Grupo de Crimes Cibernéticos da Polícia Federal no DF, investigadores ainda não sabem se os envolvidos também produziam conteúdo.
;Essa será uma nova etapa dos trabalhos. Vamos identificar a rede de onde partiram as imagens e, ainda, as possíveis vítimas;, afirmou o delegado. Para isso, a corporação conta com parceirias com a Interpol e o FBI, nos Estados Unidos da América. ;Isso nos possibilita identificar se essas vítimas são do Brasil ou de outras partes do mundo e chegar à pessoa que produziu os conteúdos e cometeu os abusos;, apontou.
A operação, batizada com Láquesis, recebeu o nome em referência a uma das três deusas, que determinava a vida humana e o destino, responsável pela distribuição das sortes. Na operação desta quinta-feira, os agentes apreenderam notebooks, celulares, smartphones, pendrives, tablets, HDs externos, cartões de memória, entre outros. Todo o material recolhido passará por exame pericial nas unidades da PF responsáveis pela execução das buscas.