Há seis dias, 18 pacientes epiléticos e autistas severos graves, sendo um do Distrito Federal, vivem um impasse. Eles seriam beneficiados com o canabidiol medicinal por meio da doação de uma empresa norte-americana, mas o medicamento teve a carga retida pela Receita Federal no Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Ainda que o produto derivado da maconha seja fonte de um benefício, o órgão alega que a carga chegou ao Brasil sem o registro da Declaração de Importação (DI).
[SAIBAMAIS]A Associação Brasileira de Pacientes de Cannabis Medicinal (Ama%2bme), no entanto, diverge dessa posição. Segundo o presidente da instituição, o médico Leandro Ramires, o problema estaria no detalhe de que a doação deveria ter sido feita em forma de ;remessa expressa; e não de ;importação formal;. Ele está indignado com a situação, pois, apesar da burocracia, tudo está dentro da legalidade. O filho dele seria um dos contemplados. ;Já fizemos tudo o que tínhamos para cumprir. Eu fico muito chateado com essa circunstância, porque são pessoas que correm risco de morrer. As mães estão me ligando, e eu realmente não sei mais o que fazer;, lamenta.
Leandro afirma que o bloqueio da carga ocorre pela terceira vez. Das outras duas, porém, o produto havia sido comprado. Por meio da associação, os familiares conseguem a medicação com preço mais em conta. Leandro chegou a pagar US$ 1 mil a cada 15 dias. ;Dessas 18 pessoas que receberiam, 16 são do interior do Pará. São pessoas que navegam quatro horas de barco para conseguir uma receita. Isso é um absurdo. Não pode plantar (maconha) e, quando fazemos dentro lei, bloqueiam a medicação;, critica. Se o caso não tiver solução em 90 dias, o produto será incinerado.
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