Jornal Correio Braziliense

Cidades

Greve de metroviários continua e brasilienses sofrem sem o transporte

Para o TRT, a greve dos trabalhadores %u2014 que já dura 23 dias %u2014 é legal e a empresa tem recursos próprios para cumprir o acordo feito em 2014. Enquanto sindicato comemora decisão, população segue com via-crúcis para a locomoção



Imobilidade
Enquanto o embate permanece, os passageiros rearranjam a rotina para se locomover na capital do país. Márcia Macedo, 43 anos, mora em Samambaia Sul, próximo à Estação Furnas, e trabalha como suporte técnico, indo a vários lugares por dia ; na maioria das vezes, de metrô. Com a greve, ela conta que está perdendo tempo ao usar o ônibus como meio de transporte. ;Saio e volto para casa de metrô, nos horários de picos, mas, durante o dia, tenho que fazer percursos de ônibus, o que me faz perder tempo;, relata.

Anderson Martins, 40, mora em Ceilândia e trabalha por conta própria. Ontem, esteve na região central para levar seu filho Pedro Martins, 5 anos, ao hospital. ;Eu vim de ônibus e demorou muito mais para chegar. Essa greve é uma palhaçada, eles pedem novas contratações em um momento de crise. Se contratarem mais gente, vão deixar de pagar todo mundo. Aí, entram em greve de novo por falta de pagamento.; Na volta para casa, Anderson preferiu esperar o metrô voltar a funcionar. ;De ônibus para a Ceilândia demora muito, é mais vantajoso esperar o metrô;, conta.

Horário especial
Apesar da greve, os horários de funcionamento do metrô permanecem os determinados pela Justiça ; de segunda a sábado, das 6h às 9h, e das 17h às 20h30 ;, ou seja, somente no período de pico de usuários. No domingo, o sistema não funciona.