Governadores e vice-governadores de 18 unidades da Federação fecharam um acordo intermediário para renegociar as dívidas com o governo federal, na tarde desta segunda-feira (20/6). Depois de mais de duas horas de reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e algumas propostas apresentadas, o Fórum dos Governadores conseguiu carência total de seis meses no pagamento das parcelas para a União.
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De acordo com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), foi dado um passo muito importante para a retomada do desenvolvimento econômico do país. ;Nós tínhamos que virar essa página e a proposta do governo atende aos governadores. Isso significará, sem dúvida, um alívio para os estados, que poderão usar esses recursos, uns mais, outros menos em função do total da dívida para o pagamento de servidores, para o custeio da máquina e até para novos investimentos.;
A proposta aceita prevê a suspensão do pagamento das parcelas da dívida até o fim deste ano. A partir de janeiro do ano que vem, o valor de desconto cairá gradativamente 10% a cada bimestre chegando ao final em um período de 18 meses. E as três parcelas que não foram pagas por causa de liminar do Supremo Tribunal Federal serão pagas em 24 meses a partir de julho deste ano.
Na avaliação do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), chegou-se a um ponto de consenso. ;É uma conquista que equilibra as contas dos estados, mas também há contrapartidas que vão permitir a longo prazo a correção com o limite das despesas,; comentou. Inicialmente, o Fórum de Governadores havia sugerido dois anos de suspensão total do pagamento. A proposta foi negada pelo governo. O grupo se reúne agora com o presidente em exercício Michel Temer para apresentar o acordo fechado com o Ministério da Fazenda.