Jornal Correio Braziliense

Cidades

Em post no Facebook, ativista chama para ação na UnB

Em publicação de 9 de junho, Kelly Bolsonaro convida amigos para uma ação na Universidade de Brasília



No Facebook, há relatos de que o ataque à UnB foi programado pelas redes sociais. Em 9 de junho, a ativista de direita Kelly Cristina, mais conhecida como Kelly Bolsonaro, convoca em sua página no Facebook para um movimento na UnB.


No post, feito às 15h52 de 9 de junho, ela pergunta: "Tem alguém daqui de bsb afim de participar de uma ação na UNB?? :) #;opressão". Imediatamente, as pessoas começam a responder. Uma homem opina: "Estou sentindo cheiro de treta no ar." Kelly responde: "treta....das melhoreeeess." Outro homem diz: "Sorte desses comunas c. da UnB que eu já passei da idade de tretar, senão iria com todo prazer oprimir e partir a cara de uns..."

Kelly ganhou evidência após invadir o gramado do Estádio Mané Garrincha durante o clássico Flamengo x Fluminense, em 21 de fevereiro deste ano.

Em seu perfil no Facebook, Kelly Cristina, 29 anos, tem 5 mil amigos. Em outra página, na qual divulga suas posições políticas, conta com 10 mil seguidores.

[SAIBAMAIS]

A principal bandeira da manifestante é o apoio à pré-candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) à presidência da República. Nitidamente crítica do Partido dos Trabalhadores (PT), ela também se posiciona contra o movimento femininista.
Em uma postagem de janeiro, repetiu a frase que o lutador do UFC Rony Jason escreveu em março de 2015: "Em vez de cotas, deveriam dar passagens de volta pra África para aqueles que choram pelo passado que nem viveram". Em fevereiro, publicou um vídeo no qual recebia apoio do ator Alexandre Frota.
Após invadir o gramado, ela foi levada à 5; Delegacia de Polícia (Região Central), responsável pela região do estádio. Liberada depois de fazer um boletim de ocorrência, ela se disse "contente com o resultado parcial do manifesto" nas redes sociais.

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Ação no MP
O ataque chegou ao MP. O jornalista George Marques disse, em sua página no Facebook, que apresentou neste sábado (18) uma denúncia junto ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra Kelly em que questiona ao órgão se o protesto gravado em vídeo pode ser considerado uma ação terrorista.