O responsável pela paróquia, diácono Abraão Neto, se diz surpreso com a situação e garante que a ação não ocorreu dentro da igreja porque havia muita segurança. Segundo Abraão, há comércio de cerveja dentro da festa, mas a bebida só é entregue a maiores de idade. A venda fora do local não compete à paróquia.
Entre janeiro e maio deste ano, a Secretaria de Segurança Pública do DF registrou 254 casos de estupros no DF. A chefe da pasta, Márcia Alencar, afirma que, nos casos de crianças e adolescentes e no ambiente escolar, um dos pontos mais importantes é o trabalho com a família. Segundo Márcia, é preciso haver um conjunto de ações de forma comunitária. ;É necessário alertar para determinadas vulnerabilidades. Por exemplo: saber que não se pode aceitar bebidas e substâncias estranhas. Tem que procurar andar em grupo, evitar locais sem iluminação e estar sempre próximos de cuidadores, seja em ambientes escolares ou em qualquer outro.;
Débora Diniz, professora de direito da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em violência contra a mulher, ressalta que casos de estupros estão cada vez mais evidentes e a escola tem papel fundamental na educação desses assuntos. ;É assustador como esses projetos de homens estão cada vez mais presentes na sociedade. Precisamos discutir violência e gênero;, aponta. Para ela, as novas denúncias demonstram que não há justificativas para o crime. ;No caso da garota do Rio de Janeiro, sempre a questionavam e perguntavam onde ela estava e quem era. Em Brasília, a adolescente estava em uma festa da igreja, em um ambiente dito familiar. Não tem lugar e não tem quem é a vítima;, adverte.
Colaboraram Luiz Calcagno e Bernardo BittarA matéria completa está disponível
aqui, para assinantes. Para assinar,
clique aqui.