Segundo ela, Brasília amanheceu aliviada. "Aqui ainda é a capital da esperança. Lugar liderado por um governador que antes de ser um político é um humanista e um pacifista. Não criminalizamos movimentos sociais, mas combatemos as organizações criminosas que se instauram nelas", completou.
Sobre os custos da operação, a presidente da Agefis, Bruna Pinheiro disse que o governo irá reaver o dinheiro e o prédio será fechado: "A conta ainda não fechou. Ainda vamos gastar dinheiro com isso. Certamente nem o GDF nem a população, que não tem nada com isso, não vai pagar. Quem tem que pagar são os proprietários do edifício. Pode demorar, mas vamos reaver o dinheiro para os cofres públicos".
Operação
O coronel Nunes, comandante da PM, afirmou que os policiais neutralizaram a ação sem machucar ninguém. "Eles estavam com 15 botijões de gás que poderiam se tornar verdadeiras bombas, por isso tivemos que acionar o Bope, Tropa de Choque, dois helicópteros e equipes de negociação experientes. Chegamos à exaustão. Há dois meses uma pessoa caiu lá de cima e morreu. Aquilo tornou-se insustentável para Brasília".
Ele afirmou que 53 militares trabalharam durante a operação. "Buscamos sempre a preservação da vida. Disponibilizamos nossos melhores recursos médicos para atender aos manifestantes caso fosse necessário, e também destacamos forte aparato para combater qualquer foco de incêndio no Torre Palace", disse o comandante.
O diretor-geral da Polícia Civil do DF, Eric Seba, disse que era necessário fazer algumas considerações sobre o MRP. "São pessoas criminosas. Foram presos porque estão envolvidos em situações fora da lei. Isso não é um movimento social que está sendo criminalizado e sim um movimento criminoso sendo socializado", afirmou. Segundo Seba, Edson Silva, líder do movimento, já estava sendo investigado desde o ano passado. "Ele responde a muitos crimes em SP. Afrontou o poder público". Todos os presos serão apresentados na segunda-feira (6) ao Núcleo de Custódia.
O secretário de saúde, Humberto Lucena Ferreira, afirmou que o local estava muito sujo. "O nosso objetivo era tentar evitar que o local se tornasse foco de doenças para a região. Voltamos lá depois da desocupação e, nesta segunda, começamos a refazer a parte sanitária da operação", explica.