Frentistas de mais de 100 postos de gasolina manterão, hoje, a greve iniciada ontem. A promessa era de amanhecer na terça-feira novamente de braços cruzados, decisão que, segundo os funcionários de postos de gasolina, será mantida por tempo indeterminado. Uma audiência de conciliação entre o Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Distrito Federal (Sinpospetro-DF) e o o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF) está prevista para hoje, às 17h, no Tribunal Regional do Trabalho; e será determinante para a volta ou não dos serviços. Caso os patrões não melhorem a proposta de reajuste salarial apresentada até agora, a categoria garante que não voltará ao trabalho.
Muitos motoristas foram surpreendidos ontem. Logo cedo, muitos postos estavam fechados. Em outros, como no Sudoeste, na Candangolândia e nas asas Sul e Norte, os funcionários ficaram nos locais de trabalho, mas não atenderam os clientes. Na Quadra 300 do Sudoeste, sindicalistas tentaram impedir o acesso de condutores a um local que não aderiu à paralisação. Na noite de ontem, decisão em caráter liminar impede que os trabalhadores ou representantes do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Distrito Federal (Sinpospetro-DF) bloqueiem o acesso a esses estabelecimentos. A entidade não havia sido notificada até o fechamento desta edição.
Cerca de 8 mil frentistas compõem o Sinpospetro-DF. Dos 322 postos de Brasília, pelo menos 100 ficaram fechados ontem. A reivindicação é para a conquista de reajuste salarial de 21,5%, aumento de 40% na Participação dos Lucros e Resultados (PLR) e elevação de R$ 7 no vale-alimentação, que subiria de R$ 13 para R$ 20.
Uma hora depois do horário previsto para o início da greve, às 7h, representantes do Sinpospetro-DF ocuparam a frente do Posto Monumental, no Sudoeste, um dos lugares que ficaram fora da paralisação. Com faixas, apitos e acompanhados de um carro de som, aproximadamente 20 pessoas pediam aos clientes que procurassem outro estabelecimento para encher o tanque. ;A nossa manifestação é pacífica, mas somos contra a atitude dos donos do posto, que prometeram demitir os funcionários que aderissem ao movimento;, alegou Orival Dias, coordenador do Sinpospetro-DF. Nenhum dos 80 empregados do Monumental cruzou os braços ontem.
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