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DF tem 117 casos de H1N1; 357 estão sendo investigados, diz Saúde

Dos casos confirmados, 80 apresentaram a forma mais grave da doença e houve a necessidade de internação. Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado nesta tarde, 15 gestantes estão com H1N1, sendo que oito tiveram complicações

A Secretaria de Saúde divulgou na tarde desta sexta-feira (13/5) novo panorama da gripe H1N1 na capital federal. Ao todo, 117 pessoas estão doentes e nove morreram. Há, ainda, 357 casos sendo investigados. Para frear o avanço da doença, na próxima semana, a vacinação continua para três grupos: idosos, crianças e gestantes.

Dos casos confirmados, 80 apresentaram a forma mais grave da doença e houve a necessidade de internação. Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado nesta tarde, 15 gestantes estão com H1N1, sendo que oito tiveram complicações.

Asa Norte, Ceilândia, Gama e Samambaia não atingiram a meta de vacinação de 80% do público alvo. A Asa Norte, por exemplo, não imunizou o mínimo considerado seguro pela Secretaria de crianças entre seis meses e cinco anos.

"Só vamos conseguir fechar o cenário final com o término da campanha uma vez que esses dados mudam diariamente. Acontece muito o fluxo de crianças por que os pais trabalham em locais diferentes de onde moram", detalhou a diretora de vigilância epidemiológica, Cristina Segatto.

Campanha

Desde o início da campanha, 528.608 pessoas foram imunizadas. "Percebemos falhas na vacinação nessa semana, mas até segunda-feira vamos normalizar a distribuição das doses nas regionais de saúde", garantiu Segatto.

A pasta começou a imunização no dia 18 de abril. Até o momento 88,9% das pessoas foram vacinadas. "É uma marca importante. Mas a cobertura não ficou homogênea, por exemplo, para gestantes. Nem em todas regionais de saúde conseguimos para crianças até cinco anos e idosos", avaliou Segatto.

A recomendação do Ministério da Saúde recomenda que pelo menos 80% de cada público alvo seja imunizado. "Nosso foco é sobretudo as gestantes por causa da agressividade da doença nesse grupo", ressaltou.

O coordenador da atenção primária, Marcos Quito, frisou a mudança no perfil da gripe em 2016. Para ele a vacina é uma das medidas de prevenção. "O período sazonal continua por mais dois meses. Por isso, é importante os cuidados com higiene e sempre procurar o médico quando os primeiros sintomas aparecem", explicou.