Jornal Correio Braziliense

Cidades

Passagem da Tocha Olímpica emocionou o público na capital federal

O DF tornou-se o portão de entrada da tocha, o símbolo maior dos Jogos, no país. Mesmo com congestionamentos e manifestações, a passagem dela emocionou o público e mostrou que o brasiliense entrou na festa esportiva



Para Mackinley, o fogo olímpico falou mais alto do que o nervosismo. ;O sentimento é de paz e tranquilidade. Meu desejo é de que o simbolismo do momento se reflita na melhoria do país e na diminuição das desigualdades sociais;, discursou ele, que teve a cadeira conduzida por Armindo Pereira da Silva, 64, o servidor mais antigo do ICMbio. Quedson, o menino da Estrutural, não escondia a emoção. ;Neste momento, é grande o aperto no peito. É um momento histórico e meu único desejo é que o país possa prosperar com a chama olímpica;, desejou.

Comemoração própria
Na região central de Brasília, cerca de 1 mil pessoas acompanharam a passagem do comboio. No céu, teve show da Esquadrilha da Fumaça. O servidor público Carlos Palma, 60, não conduziu o símbolo, mas fez sua parte. O morador da Asa Norte fabricou a própria tocha e correu o percurso pela Esplanada dos Ministérios. ;Estou há dias correndo com essa tocha. Fora o momento triste na política e também a crise que estamos passando, temos que ter esse espírito esportivo. Deixar a chama olímpica tocar os nossos corações.;

Em Taguatinga, cerca de 14 mil pessoas receberam a tocha no centro da cidade, na Comercial Sul e na Samdu. O clima era de festa e muita animação para presenciar o momento histórico. O autônomo Marcos da Silva Ferreira, 26, ficou surpreso ao saber do evento. ;Independentemente do momento político, espero que as pessoas não confundam e saibam separar a crise com o marco histórico deste 3 de maio. O esporte precisa ser valorizado. É um momento de confraternizar.;

Por onde a tocha passou, gritos, palmas, correria e fotos. Muitas fotos. Pedro Henrique Martins, é atleta paralímpico e estava tão ansioso que chegou ao endereço às 10h, mesmo sabendo que o horário programado para a passagem seria às 14h30, inicialmente. ;É um sonho sendo realizado de ver essa tocha percorrendo Brasília. Estou muito emocionado em fazer parte deste momento;, comentou. Por volta das 18h, o revezamento chegou ao Regimento de Polícia Montada da Polícia Militar do DF, no Riacho Fundo 1. O sargento da Polícia Militar Hélvio Pompílio, único policial cadeirante do DF, conduziu a chama. No local, estão os restos mortais do general de brigada Francisco Rabelo Leite Neto, representante brasileiro nos Jogos de Roma, em 1960.