Sorteios e promoções são as estratégias dos comerciantes para atrair filhos dispostos a presentar as mães neste domingo. A crise econômica é apontada pelos lojistas do Distrito Federal como o principal motivo para queda no valor médio dos presentes. Pesquisa da Federação do Comércio do DF (Fecomércio) aponta que o consumidor está disposto a gastar entre R$ 108,28 e R$ 136,85 ; queda de 6,89% em relação ao ano passado.
Entre os empresários, o clima é de pessimismo para 68,3% dos entrevistados, que apostam numa estabilidade ou até na queda das vendas. Já os otimistas esperam um crescimento de 5,44% no faturamento deste ano, se comparado com 2015. O presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, é cauteloso. ;Alguns empresários estão otimistas em razão da própria data, que só perde para o Natal. Estão na expectativa de recuperar as dificuldades dos últimos meses, porque o ano começou mal. Mas não quer dizer que o otimismo vai se traduzir em resultados, porque o consumidor está retraído. No ano passado, mais de 80% tinham a intenção de comprar. Este ano, somente cerca de 70%.;
Na avaliação de Santana, a crise política ; que alimenta a econômica; a inflação e os juros altos; e a ameaça de desemprego contribuem para espantar o consumidor. ;Acho que este será o pior Dia das Mães dos últimos anos porque, desde o Natal de 2014, temos tido resultados ruins nas datas comemorativas e um volume grande de lojas fechadas;, avalia.
A dona de casa Mércia Rodrigues, 82 anos, e a aposentada Mirtes Ferreira, 57, mãe e filha, terão um Dia das Mães como boa parte dos brasilienses. As duas optaram por lembranças simbólicas, em vez de grandes presentes. Mirtes brinca que, este ano, a mãe ganhará apenas muitos beijos e abraços. Sobre a tática dos estabelecimentos, de distribuir brindes e fazer sorteios, ela acha a ideia estimulante. "Pena que não é uma coisa fácil ganhar nesses sorteios."
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