A capital federal está entre as 12 unidades da federação que vivem uma epidemia de dengue, de acordo com avaliação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A instituição considera que uma doença é epidemia se atingir mais de 300 pessoas a cada grupo de 100 mil habitantes. Na cidade o número é 32,3% maior que o considerado seguro. A Secretaria de Saúde discorda da avaliação.
Pelo cálculo da OMS (padrão internacional e acordado entre as nações participantes do grupo do qual o Brasil faz parte) desde o início de março o DF vivencia uma epidemia.Segundo o mais recente Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, são na cidade 12.407 casos confirmados de dengue e outros 1.907 em investigação. Seria necessário 8,4 mil casos para o DF integrar essa classificação, já que possui 2,8 milhões de habitantes.
Pelo cálculo da OMS (padrão internacional e acordado entre as nações participantes do grupo do qual o Brasil faz parte) desde o início de março o DF vivencia uma epidemia.Segundo o mais recente Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, são na cidade 12.407 casos confirmados de dengue e outros 1.907 em investigação. Seria necessário 8,4 mil casos para o DF integrar essa classificação, já que possui 2,8 milhões de habitantes.
A literatura médica-hospitalar é clara ao dizer que a epidemia se caracteriza quando um surto acontece em diversas regiões. Já o surto ocorre quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica. Entretanto, a Secretaria de Saúde refuta o padrão. "É possível observar que no início de 2016 os casos da doença aumentaram consideravelmente no Distrito Federal. Porém, atualmente, os casos começaram a apresentar diminuição", informou a pasta, em nota.
Para o especialista em doenças infecto-contagiosas Eduardo Espíndola o Executivo local subestima a potencialidade do vírus transmitido pelo Aedes aegypti. "No ano passado quando a doença explodiu as autoridades sanitárias demoraram a se movimentar para conter naquela época o surto. Hoje, viemos uma situação escandalosa assim como no país inteiro. A diferença é que aqui o poder público minimiza os índices", critica.
A pasta rebate o especialista. "A incidência apresentada no informativo de 363,23 casos por 100 mil habitantes é o cumulativo de todo o ano. Portanto, com o quadro atual, não é possível dizer que o Distrito Federal vivencia uma situação de epidemia", detalha o texto da nota.
Para o especialista em doenças infecto-contagiosas Eduardo Espíndola o Executivo local subestima a potencialidade do vírus transmitido pelo Aedes aegypti. "No ano passado quando a doença explodiu as autoridades sanitárias demoraram a se movimentar para conter naquela época o surto. Hoje, viemos uma situação escandalosa assim como no país inteiro. A diferença é que aqui o poder público minimiza os índices", critica.
A pasta rebate o especialista. "A incidência apresentada no informativo de 363,23 casos por 100 mil habitantes é o cumulativo de todo o ano. Portanto, com o quadro atual, não é possível dizer que o Distrito Federal vivencia uma situação de epidemia", detalha o texto da nota.
"Planejamento"
A situação apesar de crítica deve melhorar com o período de estiagem, momento que para Eduardo a Secretaria de Saúde planeje ações de controle de maneria continuada para o próximo verão. "Os números devem ser manter altos por pelo menos mais dois meses. Com a seca naturalmente a incidência é menor. É a hora de se levar a sério a doença. Não podemos agir de maneira lúdica apenas no momento que há o rompante", avalia.
O panorama mais recente destaca a alta de 175,8% em relação ao mesmo período de 2015, quando havia 4.498 ocorrências confirmadas da doença. Foram 13 mortes desde janeiro, sendo situações do DF e Entorno. Há ainda, 70 casos confirmados de chicungunha e 62 de zika ; sendo 25 grávidas infectadas.
Acre, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul completam a lista da OMS.
O panorama mais recente destaca a alta de 175,8% em relação ao mesmo período de 2015, quando havia 4.498 ocorrências confirmadas da doença. Foram 13 mortes desde janeiro, sendo situações do DF e Entorno. Há ainda, 70 casos confirmados de chicungunha e 62 de zika ; sendo 25 grávidas infectadas.
Acre, Rondônia, Tocantins, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul completam a lista da OMS.
Classificação de risco
Veja a diferença entre surto, endemia e epidemia
Surto: acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica. Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser maior do que o esperado pelas autoridades. Por exemplo, aumento expressivo de dengue em um bairro.
Endemia: uma doença é classificada como endêmica (típica) de uma região quando acontece com muita frequência no local. As doenças endêmicas podem ser sazonais. A febre amarela, por exemplo, é considerada uma doença endêmica da região Norte do país.
Epidemia: a epidemia se caracteriza quando um surto acontece em diversas regiões. Uma epidemia a nível municipal acontece quando diversos bairros apresentam uma doença, a epidemia a nível estadual acontece quando diversas cidades têm casos e a epidemia nacional acontece quando há casos em diversas regiões do país. Por exemplo: vinte cidades decretam epidemia de dengue.
Veja a diferença entre surto, endemia e epidemia
Surto: acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica. Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser maior do que o esperado pelas autoridades. Por exemplo, aumento expressivo de dengue em um bairro.
Endemia: uma doença é classificada como endêmica (típica) de uma região quando acontece com muita frequência no local. As doenças endêmicas podem ser sazonais. A febre amarela, por exemplo, é considerada uma doença endêmica da região Norte do país.
Epidemia: a epidemia se caracteriza quando um surto acontece em diversas regiões. Uma epidemia a nível municipal acontece quando diversos bairros apresentam uma doença, a epidemia a nível estadual acontece quando diversas cidades têm casos e a epidemia nacional acontece quando há casos em diversas regiões do país. Por exemplo: vinte cidades decretam epidemia de dengue.