Jornal Correio Braziliense

Cidades

Realidade de moradoras de rua é destaque de campanha de doação de bolsas

De acordo com a subsecretária de políticas para as mulheres, Lúcia Bessa, essa parcela da população não tem vínculos familiares e está sujeita a diversos tipos de agressões

Atrair o olhar dos brasilienses para as mulheres em situação de rua e, ao mesmo tempo, abrir um canal de diálogo com essa parcela da sociedade. Esses são os principais objetivos da campanha Com que bolsa eu vou, que reúne doações de bolsas, itens de higiene e roupas para pessoas do sexo feminino em situação de vulnerabilidade nas ruas da capital federal. O GDF receberá os donativos até a próxima sexta-feira (29/4).

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De acordo com a subsecretária de políticas para as mulheres, Lúcia Bessa, em sua maioria, as mulheres moradoras de rua não tem vínculos familiares ou afetivos e estão sujeitas a diversos tipos de agressões. ;É uma camada social extremamente invisível. As pessoas preferem não enxergar e não viver, mas não é algo distante de nós. Essas mulheres estão ao arbítrio de homens na mesma situação e estão no topo da vulnerabilidade. Sofrem todo tipo de agressão, inclusive sexual. É preciso um olhar diferenciado para essas pessoas;, alerta.

O projeto da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos e começou em 17 de fevereiro. Desde então, foram doadas mais de 340 bolsas. Interessados em fazer doações tem até sexta-feira (29/4). As bolsas, roupas, produtos de higiene e cosméticos podem ser entregues na Casa da Mulher Brasileira, na 601 Norte; na Subsecretaria de Políticas para as Mulheres da Secretaria do Trabalho, no anexo do Palácio do Buriti; e nos Centros Especializados de Atendimento à Mulher (Ceam), na estação de metrô da 102 Sul e na QNM 2 de Ceilândia.

A entrega das bolsas será feita em 17 e 20 de maio no Centro Pop de Taguatinga, na QNF 24, Área Especial; e no do Plano Piloto, 903 Sul, no Setor de Grandes Áreas Sul (SGAS). As beneficiadas poderão escolher os produtos que mais combinam com elas. ;Divulgaremos os locais e os horários para que compareçam voluntariamente e também buscaremos mulheres em situação de rua do DF. Teremos palestras e conversas. Vamos oferecer cursos de capacitação, e sobre o ciclo de violência que sofrem nas ruas;, conclui a subsecretária.