Cidades

Esportistas de 26 modalidades na UnB estão sem apoio em competições

Falta de verba e trocas recentes de gestão na universidade fazem com que treinadores e atletas acabem desamparados durante eventos nacionais e regionais. Além disso, falhas no Centro Olímpico pioram a situação

postado em 19/04/2016 06:37
Por causa das falhas e da indisponibilidade de horários, alguns técnicos realizam treinos no Clube Vizinhança

Em meio a campeonatos universitários e regionais, a Universidade de Brasília (UnB) paralisou grande parte dos treinamentos esportivos neste mês. Desde o último dia 4, treinadores e atletas de 26 modalidades fazem reuniões para cobrar do Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) e da Diretoria de Esporte, Arte e Cultura (DEA) providências. O motivo da interrupção é o vencimento da contratação dos técnicos, que, desde o ano passado, tinham um acordo temporário com a instituição de ensino superior. Sem contrato e sem a segurança de um pagamento retroativo em caso de continuidade do trabalho, grande parte desses profissionais deixaram as equipes. Na última quinta-feira, o DAC se comprometeu a manter os salários até junho, quando começa a fase nacional da Liga Desporto Universitário (LDU).

A UnB ocupou a terceira posição geral no ranking de 2015 da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU), sendo a mais bem colocada entre as universidades federais. Em 2016, no entanto, com a troca de gestões do Decanato e da DEA e o corte da verba de mais de R$ 1 milhão do programa Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) do Ministério da Educação (MEC), segundo a decana Thérese Hoffman, não foi possível se organizar da mesma maneira que nos anos anteriores.

Problemas graves no piso e em equipamentos como redes e traves revelam o descaso no Centro Olímpico da Universidade de Brasília. Mesmo assim, os esportistas continuam a usar as quadras para treinamentos



Agora, ela explica que, para o pagamento dos salários dos treinadores e das bolsas-atletas, conta apenas com o que restou do valor do programa do ano passado, mais o recurso anual de R$ 310 mil. ;Até o ano passado, tínhamos o recurso do Reuni, mas, neste ano, não foi renovado. Teremos de trabalhar com parcerias de outras áreas da universidade e com o que temos de dinheiro para continuar com todos os projetos em dia;, explicou.

Os técnicos também reclamam das condições estruturais do Centro Olímpico. Além de competir por espaço dentro do ginásio com outras modalidades, segundo o treinador da equipe de vôlei masculino Telmo Alves Costa, os buracos nas quadras impedem a organização de campeonatos e jogos amistosos. ;Eu encaminhei essa queixa para a DEA em 2014 e fui orientado a procurar outro lugar pra treinar a minha equipe. Mesmo sabendo que mudei meus treinamentos para o Clube Vizinhança, na 108 Sul, eu fiquei de janeiro a abril sem receber, porque, segundo eles, eu não havia trabalhado;, relatou.

Com informações de Agatha Gonzaga

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