Jornal Correio Braziliense

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Tradição: Beirute comemora 50 anos de amigos, subversão e cerveja

São 50 anos uma união em que cidade e bar se confundem em uma mesma história



A meia-idade, celebrada no próximo sábado, parece não lhe ter feito perder o fôlego. Mas os tempos são outros. A efervescente geração dos anos 1970 e 1980, que cresceu sob as rédeas curtas da ditadura militar, não provoca mais nas autoridades o receio de que o bar da esquina da 109 Sul seja um antro de conspiração de intelectuais, estudantes e artistas a serviço da subversão. Mesmo assim, ainda guarda ares de aceitação das pequenas contravenções.

Prestes a completar 50 anos, o Beirute parece ter muito tempo de vida e muitas histórias para contar. Virou livro. Lançou a própria cerveja. Foi cenário de filmes. Sua trajetória se confunde com a história de Brasília. Por lá passaram artistas como Rita Lee, Renato Russo e Cássia Eller. Alceu Valença escreveu a declaração Te amo, Brasília em uma das mesas do bar. Caetano Veloso até deu uma palinha de Coração vagabundo, dedilhando um violão emprestado por uma moradora da quadra.

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