Foi preso na manhã desta quinta-feira (31/3) um homem de 38 anos, acusado de abusar sexualmente da própria enteada de 10 anos. De acordo com as investigações da Polícia Civil, os abusos já ocorriam desde 2014.
A menina relatou o fato na segunda-feira (28/3) para a professora de sua escola. Ela imediatamente acionou o Conselho Tutelar, que foi à instituição ouvir a criança. Após o relato, levou o caso para a polícia.
O delegado-chefe da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA), Wisllei Salomão, disse que a menina contou que teria sido abusada pelo padrasto, uma pessoa que ela gosta muito, mas fazia coisas erradas com ela. "Os abusos iniciaram quando a mãe estava grávida de um dos filhos que tem com o homem. Ele aproveitava da ausência da mulher em casa para praticar os atos". Em depoimento, a criança também teria relatado que ele dava R$ 5 reais para o lanche como "gratificação".
O criminoso confessou o ato e disse o ter cometido cinco vezes. O delegado afirmou que a menina era ameaçada psicologicamente. "O padrasto dizia que se ela contasse para alguém, ele seria preso. Caso ela denunciasse ao pai, ele pediria a guarda definitiva, nunca mais ela veria a mãe e os irmão e iria morar na rua".
O primeiro abuso ocorreu quando a mãe foi fazer um exame pré-natal. O acusado convive maritalmente com mãe da garota há sete anos. Juntos eles têm três filhos, uma menina de quatro anos, e outros dois meninos, um de dois e outro de sete meses. "O homem não tinha antecedentes criminais e não há suspeita de que ele possa ter abusado dos outros filhos", afirmou o titular da DPCA.
Ele vai responder pelo crime de estupro de vulnerável, com pena de 8 à 15 anos em regime fechado, que pode ser agravada por ele ser padrasto e ter comedito o ato várias vezes.