Vinte acidentes, uma morte de um policial militar e diversos integrantes da corporação feridos, inclusive com amputação de antebraço. O saldo é resultado das capotagens e colisões envolvendo as Mitsubishi Pajero Dakar utilizadas pela Polícia Militar. A corporação confirmou, na tarde desta terça-feira (29/3), que existe um processo de aquisição de novos carros. A confecção do documento está em fase final para lançar o pregão. Uma comissão foi criada para avaliar qual veículo é o mais adequado para o serviço e, inicialmente, seriam comprados novos 150 automóveis.
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A segurança dos policiais e os riscos que sofrem provocaram deputados distritais. Na manhã desta quarta-feira (30/3) uma audiência pública vai discutir possíveis soluções e o impacto dos carros no serviço de policiamento externo. Na reunião deve comparecer o subcomando da PM, além de nomes fortes da cúpula de segurança,
A corporação comprou 387 veículos em 2012. Em quase quatro anos a Polícia Militar registrou 20 capotagens durante patrulhamento. O caso mais recente aconteceu em 5 de fevereiro e matou o cabo Renato Fernandes da Silva, 37 anos. A reunião foi provocada pelo subcomandante da corporação, coronel Leonardo Sant;Anna, que procurou a Comissão de Segurança da Câmara Legislativa.
Militares reclamam de falta de manutenção nos carros, pneus carecas e ausência de equipamentos de segurança. A categoria também questiona a ausência de conforto em razão da ;verticalização; dos bancos. Somado ao peso dos armamentos e das roupas, cresceu o número de atestados médicos em razão de dores na coluna por policiais que trabalham na rua.
Em 12 de fevereiro o comando geral baixou uma portaria que determina medidas de segurança com o objetivo de minimizar os riscos, como avaliação do veículo pelos militares antes de assumir o serviço e a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança.
O presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Robério Negreiros, reforçou a instabilidade dos carros. Ele destacou que a reunião pode indicar caminhos para solucionar os problemas. ;Não tem como fazer um leilão de um bem que tem vida útil, por exemplo. Pode, se for o caso, minimizar questões de suspensão do veículo para deixá-lo mais estável para a atividade policial. O que não dá é militar correr mais risco com atividade laboral. Está mais do que provado que esse modelo não é compatível com o exercício de policiamento;, alegou.
Segundo o distrital, no encontro serão levantados questionamentos com o modelo da compra, a forma com que os carros foram adquiridos, o valor e a preferência pelas Pajeros. ;A audiência é para discutir soluções futuras em defesa da vida e para que não haja mais problemas de saúde em relação a postura dos policiais. Vamos escutar todas as áreas para que se crie num plano estratégico governamental;, reforçou.
O chefe da Casa Militar, coronel Cláudio Ribas, ressaltou que a corporação não vai mais adquirir os modelos da Mitsubishi Pajero Dakar. ;Tenho certeza que a Polícia Militar não vai comprar esses carros novamente. Se pegarmos o histórico de capotagens a quantidade envolvendo Pajeros é muito mais que qualquer outro modelo;, analisou.
Ribas negou, no entanto, que as discussões só tenham começado após a morte do cabo Renato em 5 de fevereiro na BR-070. ;Esses veículos já tinham se envolvido em acidentes antes;, disse.
Por e-mail o Centro de Comunicação Social da PM esclareceu que as Pajeros continuam em uso, mas que a corporação está com um curso de pilotagem para todos os condutores policiais. ;Está em trâmite a licitação para a manutenção dessas viaturas, porém ainda não foi homologada. Outros contratos estão vigentes;, informou.
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A segurança dos policiais e os riscos que sofrem provocaram deputados distritais. Na manhã desta quarta-feira (30/3) uma audiência pública vai discutir possíveis soluções e o impacto dos carros no serviço de policiamento externo. Na reunião deve comparecer o subcomando da PM, além de nomes fortes da cúpula de segurança,
A corporação comprou 387 veículos em 2012. Em quase quatro anos a Polícia Militar registrou 20 capotagens durante patrulhamento. O caso mais recente aconteceu em 5 de fevereiro e matou o cabo Renato Fernandes da Silva, 37 anos. A reunião foi provocada pelo subcomandante da corporação, coronel Leonardo Sant;Anna, que procurou a Comissão de Segurança da Câmara Legislativa.
Militares reclamam de falta de manutenção nos carros, pneus carecas e ausência de equipamentos de segurança. A categoria também questiona a ausência de conforto em razão da ;verticalização; dos bancos. Somado ao peso dos armamentos e das roupas, cresceu o número de atestados médicos em razão de dores na coluna por policiais que trabalham na rua.
Em 12 de fevereiro o comando geral baixou uma portaria que determina medidas de segurança com o objetivo de minimizar os riscos, como avaliação do veículo pelos militares antes de assumir o serviço e a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança.
O presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Robério Negreiros, reforçou a instabilidade dos carros. Ele destacou que a reunião pode indicar caminhos para solucionar os problemas. ;Não tem como fazer um leilão de um bem que tem vida útil, por exemplo. Pode, se for o caso, minimizar questões de suspensão do veículo para deixá-lo mais estável para a atividade policial. O que não dá é militar correr mais risco com atividade laboral. Está mais do que provado que esse modelo não é compatível com o exercício de policiamento;, alegou.
Segundo o distrital, no encontro serão levantados questionamentos com o modelo da compra, a forma com que os carros foram adquiridos, o valor e a preferência pelas Pajeros. ;A audiência é para discutir soluções futuras em defesa da vida e para que não haja mais problemas de saúde em relação a postura dos policiais. Vamos escutar todas as áreas para que se crie num plano estratégico governamental;, reforçou.
O chefe da Casa Militar, coronel Cláudio Ribas, ressaltou que a corporação não vai mais adquirir os modelos da Mitsubishi Pajero Dakar. ;Tenho certeza que a Polícia Militar não vai comprar esses carros novamente. Se pegarmos o histórico de capotagens a quantidade envolvendo Pajeros é muito mais que qualquer outro modelo;, analisou.
Ribas negou, no entanto, que as discussões só tenham começado após a morte do cabo Renato em 5 de fevereiro na BR-070. ;Esses veículos já tinham se envolvido em acidentes antes;, disse.
Por e-mail o Centro de Comunicação Social da PM esclareceu que as Pajeros continuam em uso, mas que a corporação está com um curso de pilotagem para todos os condutores policiais. ;Está em trâmite a licitação para a manutenção dessas viaturas, porém ainda não foi homologada. Outros contratos estão vigentes;, informou.