Na última década, oito doenças fizeram mais de 7,5 mil vítimas (Veja arte). Algumas infecções mantêm estável o número de casos, como a tuberculose; outras, a exemplo da malária, tiveram aumento, entre 2014 e 2015, de até 66%. ;As doenças que se tornaram endêmicas, normalmente, no passado, não tiveram combate adequado. Durante um surto, alguma região ficou desfavorecida no trabalho de contenção, e isso deixou condições favoráveis para a bactéria ou o vírus;, explica Eduardo Espíndola, especialista em doenças infectocontagiosas.
Cinco doenças tiveram alta em 2014. A hanseníase subiu 47%; a leishmaniose visceral, 266%; a tegumentar, 4.100%; a tuberculose, 16%; e a coqueluche, 102,5%. Eduardo analisou os números da série história e alerta: o controle pode estar falho. ;A tendência das doenças endêmicas é manter uma linearidade. Quando há um aumento significativo, como o analisado, é possível que tenham havido interrupções ou recuos na vigilância;, conclui.
Nos dois primeiros meses do ano, 32 pessoas tiveram hanseníase no DF. Outras 33 contraíram tuberculose. Três adquiriram malária ; 15% do total registrado no ano passado. Para especialistas, tudo precisa ser radicalmente ampliado: atendimento médico, treinamento de profissionais de saúde, controle de infecção, rastreamento das pessoas que tiveram contato com as infectadas, vigilância epidemiológica, sistemas de alerta e referência, mobilização comunitária e educação sanitária. ;Tínhamos acabado com a dengue, e ela voltou na forma endêmica. Um surto não debelado se torna um endemia. O mais importante é fazer o monitoramento para ver a frequência;, avalia o infectologista Julival Ribeiro.
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