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Quem conversa com Sônia Regina Ferreira Pinto não duvida que ela é uma mulher com forte experiência de vida. Apesar de ter 60 anos, somente há pouco tempo que a paulista deixou de maldizer o próprio destino para começar a entender que ela pode escolher a forma como lida com a própria expiação. E o modo que encontrou para se livrar dos seus demônios foi por meio da escrita. O livro Meu nome é Soninha e esta é minha história vai ser lançado amanhã, e terá toda a renda revertida para a compra de uma cadeira de rodas motorizada para a autora. A sua história, contada em detalhes, se tornou uma grande sessão de terapia da qual ela garante ter saído mais feliz. ;Hoje, criei outra família e me sinto mais satisfeita. Minha vida é maravilhosa.;
Aos oito anos de idade, Soninha contraiu poliomielite. A gravidade da doença, contudo, foi apequenada pela reação do pai: revoltado com a ideia de ter uma filha com paralisia infantil, ele abandonou a garota em um orfanato, alegando que ela havia sido deixava na porta da sua casa e que não a conhecia. ;A lembrança mais triste que tenho foi do tempo em que vivi com os meus pais. Fiquei jogada num canto da casa, não me deixava mnem mesmo comer. Até que ele me deixou naquele lugar;, conta. Desde então, sua vida tornou-se uma sucessão de acontecimentos que compõem a obra.
;Meu sonho sempre havia sido escrever um livro. Foram dois anos de gravação para contar essa história.; Por causa das limitações em seus movimentos, Soninha ditou tudo. A médica Amanda Rocha ficou com a responsabilidade de ouvir e transcrever a narrativa: sua amizade com a autora do livro surgiu logo na sua primeira visita à Vila do Pequenino Jesus, casa de acolhimento sem fins lucrativos para crianças, jovens e adultos com deficiência ;onde Soninha vive atualmente. ;Meu irmão, que também é voluntário, quem me disse que ela tinha esse desejo. Assim, passei a visitá-la toda semana. Agora, vejo que fui eu quem mais ganhei com isso tudo, ao percebê-la como um exemplo de superação e de fé;, garante.
Os percalços não findaram após sua saída do orfanato, aos 16 anos ; lá, ela foi estuprada pelo diretor e tentou se suicidar. Enquanto se recuperava em um hospital, Sônia conheceu a dona de um bordel e lá, por escolha, decidiu viver. Porém, em vez de mais sofrimento, ela encontrou o amor. ;Só tive um homem. Ele pagou para uma enfermeira cuidar de mim o tempo todo. Ele me deu tudo e prometia que me tiraria de lá e se casaria comigo. Quando não deu certo, saí.; Foi quando começou sua peregrinação por diversas instituições para cuidados de pessoas com deficiência. Aos 46 anos, chegou àToca de Assis, onde ficou por 10 anos e, pela primeira vez, começou a tentar olhar para a própria trajetória sem o peso da revolta.
Mudança
Em 2012, começou a viver na Vila do Pequenino Jesus e, por meio da religião, tentou encontrar respostas, principalmente para o abandono do pai, descrito no livro como um homem extremamente machista, que batia na sua mãe e a impediu de visitar a filha quando ele a pôs no orfanato. ;A fé foi para mim um ponto fundamental de sustentação. Hoje não choro mais ; quero dizer, já não tenho mais dó de mim, não choro por autopiedade. Já entendo verdadeiramente que somos todos iguais, filhos de um mesmo Deus, e não me sinto inferior a ninguém. Sou gente como vocês;, escreveu.
Amanda Rocha foi quem mais teve a chance de ver essa mudança acontecer. Ela conta que, inicialmente, achava que apenas ouviria um desabafo. Mas, depois que o projeto teve início, ela percebeu o quanto era necessário que Soninha expressasse tudo o que sentira durante a vida. ;Nos meses iniciais, foram muitas histórias de dor e abandono. Ela queria entender o porquê de ter tido essa deficiência. E processo de escrita foi extremamente terapêutico. Hoje, ela tem a oportunidade de conhecer muita gente, de orientar, de pedir orações. Vejo uma Sônia mais consciente da sua missão de vida.;
Lançamento do livro
Meu nome é Soninha e esta é minha história
Quando: sábado, às 16h
Onde: Vila do Pequenino Jesus
QI 26, Chácara 27 ; Lago Sul
> Para ajudar:
Aos oito anos de idade, Soninha contraiu poliomielite. A gravidade da doença, contudo, foi apequenada pela reação do pai: revoltado com a ideia de ter uma filha com paralisia infantil, ele abandonou a garota em um orfanato, alegando que ela havia sido deixava na porta da sua casa e que não a conhecia. ;A lembrança mais triste que tenho foi do tempo em que vivi com os meus pais. Fiquei jogada num canto da casa, não me deixava mnem mesmo comer. Até que ele me deixou naquele lugar;, conta. Desde então, sua vida tornou-se uma sucessão de acontecimentos que compõem a obra.
;Meu sonho sempre havia sido escrever um livro. Foram dois anos de gravação para contar essa história.; Por causa das limitações em seus movimentos, Soninha ditou tudo. A médica Amanda Rocha ficou com a responsabilidade de ouvir e transcrever a narrativa: sua amizade com a autora do livro surgiu logo na sua primeira visita à Vila do Pequenino Jesus, casa de acolhimento sem fins lucrativos para crianças, jovens e adultos com deficiência ;onde Soninha vive atualmente. ;Meu irmão, que também é voluntário, quem me disse que ela tinha esse desejo. Assim, passei a visitá-la toda semana. Agora, vejo que fui eu quem mais ganhei com isso tudo, ao percebê-la como um exemplo de superação e de fé;, garante.
Os percalços não findaram após sua saída do orfanato, aos 16 anos ; lá, ela foi estuprada pelo diretor e tentou se suicidar. Enquanto se recuperava em um hospital, Sônia conheceu a dona de um bordel e lá, por escolha, decidiu viver. Porém, em vez de mais sofrimento, ela encontrou o amor. ;Só tive um homem. Ele pagou para uma enfermeira cuidar de mim o tempo todo. Ele me deu tudo e prometia que me tiraria de lá e se casaria comigo. Quando não deu certo, saí.; Foi quando começou sua peregrinação por diversas instituições para cuidados de pessoas com deficiência. Aos 46 anos, chegou àToca de Assis, onde ficou por 10 anos e, pela primeira vez, começou a tentar olhar para a própria trajetória sem o peso da revolta.
Mudança
Em 2012, começou a viver na Vila do Pequenino Jesus e, por meio da religião, tentou encontrar respostas, principalmente para o abandono do pai, descrito no livro como um homem extremamente machista, que batia na sua mãe e a impediu de visitar a filha quando ele a pôs no orfanato. ;A fé foi para mim um ponto fundamental de sustentação. Hoje não choro mais ; quero dizer, já não tenho mais dó de mim, não choro por autopiedade. Já entendo verdadeiramente que somos todos iguais, filhos de um mesmo Deus, e não me sinto inferior a ninguém. Sou gente como vocês;, escreveu.
Amanda Rocha foi quem mais teve a chance de ver essa mudança acontecer. Ela conta que, inicialmente, achava que apenas ouviria um desabafo. Mas, depois que o projeto teve início, ela percebeu o quanto era necessário que Soninha expressasse tudo o que sentira durante a vida. ;Nos meses iniciais, foram muitas histórias de dor e abandono. Ela queria entender o porquê de ter tido essa deficiência. E processo de escrita foi extremamente terapêutico. Hoje, ela tem a oportunidade de conhecer muita gente, de orientar, de pedir orações. Vejo uma Sônia mais consciente da sua missão de vida.;
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Telefone: 3526 0506/ 8140 0198
Depósito em conta
Bradesco
Agência ; 2837-1
Conta corrente: 9161-8
Banco do Brasil
Agência ; 2887-8
Conta corrente: 15988-3
Caixa
Agência ; 0674/003
Conta corrente: 001513-0
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