Jornal Correio Braziliense

Cidades

Artistas usam música para alertar sobre os perigos do Aedes aegypti

Centro Cultural Banco do Brasil faz apresentações artísticas para chamar a atenção de estudantes da rede pública na luta contra o transmissor de doenças, como a dengue. Segundo os organizadores, crianças e adolescentes influenciam muito a família



Combater o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chicungunha, não é responsabilidade só dos adultos. A fim de conscientizar crianças e adolescentes sobre o problema, o Banco do Brasil introduziu a luta contra o mosquito na programação educativa dos centros culturais. Na manhã de ontem, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) atraiu a atenção para o assunto com apresentação performática e musical, parte do novo projeto Musicando, que entrou para a programação regular do local.

O objetivo é levar informação a estudantes de todas as classes sociais. Cerca de 200 alunos de três escolas diferentes participaram da ação inaugural. ;Acho legal fortalecer a campanha contra o mosquito, porque sabemos que ele está preocupando o Brasil todo. Agora vou ficar mais atento à ação dos vizinhos, não só à da minha família;, conta Caetano Gabriel, 16, que estuda em um colégio público de Ceilândia. O colega Sóstenes Vinícius, 16 anos, concorda. ;Gostei da ideia, porque tiveram uma abordagem diferente da que estamos acostumados, que é mais formal. Foi tudo bem descontraído;, avaliou.

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Estudantes de Santa Maria e da Cidade Ocidental também estiveram presentes. ;O foco é nas escolas públicas, mas não é exclusividade delas. Queremos reforçar o assunto para o público mais carente;, explica o vice-presidente do banco, Raul Moreira. ;Percebemos que as crianças e os adolescentes são os maiores formadores de opinião dentro de casa. Por isso, voltamos as atividades para eles. O que eles ensinam muda toda a dinâmica da família;, completa. Para atingir a meta de atrair 100 mil jovens até o fim do ano, serão oferecidas atividades com teatro, música e jogos educativos.

Pelo Brasil
As ações não foram realizadas apenas em Brasília. Os CCBBs de outras três capitais ; Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte ; tiveram a mesma programação durante a manhã de ontem. O combate ao mosquito Aedes aegypti será permanente em todos os centros culturais, como tem sido nas mais de 6 mil agências do banco pelo país, nas quais vistorias e orientações aos clientes se tornaram rotineiras.

;Queremos que os funcionários sejam vistos como formadores de opinião e rede de apoio à sociedade;, explica Moreira. Por isso, os servidores do BB fazem ações internas e externas, indo à comunidade ajudar na prevenção. Engajado na causa, o Banco do Brasil vai investir R$ 4,5 milhões no programa educativo este ano, além de R$ 950 mil apenas para o transporte das escolas para os centros culturais. A ideia é que o programa debata a importância do combate ao mosquito em diversas linguagens, independentemente de faixa etária, origem ou escolaridade dos interessados.


Números do programa

; O projeto já atraiu 2 milhões de pessoas até 2015
; 400 mil crianças e adolescentes participaram do programa
; A meta de 2016 é atrair 100 mil estudantes
; Mais de 6 mil agências do BB têm colocado em prática ações contra o mosquito
; Cerca de 110 mil funcionários treinados para orientar a população