Parte dos estudantes e professores da Universidade de Brasília apresentaram hoje o movimento estudantil "Em Defesa da Democracia, Contra o Retrocesso nos Direitos". Para os presentes, o movimento nascido na universidade é importante haver discurso crítico de contrassenso dos estudantes, que se opõem ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, por ser, segundo os estudantes, um retrocesso de direitos fundamentais.
[SAIBAMAIS]Segundo a professora da escola de Direito da UnB, Beatriz Vargas, o lançamento da campanha resulta da "ausência de vozes críticas, num ambiente em que parece haver um consenso, que no nosso ponto de vista, é um falso consenso, a respeito dessa crise política". A proposta do movimento é uma ação "suprapartidária, nós não pretendemos defender este político ou este partido, mas sim a favor da democracia". Beatriz afirma que a participação universitária nas discussões políticas é essencial pois insere "uma voz crítica, que é a missão universitária, para colocar elementos de complexidade neste debate".
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Para Luiza Calvette, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes do DF e estudante de Ciência Política, o movimento se coloca contra manifestações que pedem o afastamento da presidente Dilma Rousseff, segundo ela "não tem que se pedir impeachment, e sim o aprofundamento da democracia, com o fortalecimento das nossas instituições democráticas. A solução vem através das reformas e pressão para que haja mais avanços e não retirada de direitos". Luiza defende que apesar da crise, houveram muitos avanços, e que o afastamento da presidente significa "retrocesso de direitos, e por mais que haja problemas no governo Dilma, nós sabemos que ele é o único que está ao lado dos estudantes".