Jornal Correio Braziliense

Cidades

Sobe o número de assaltos a residências, comércios e pedestres no DF

Balanço de fevereiro mostra que os crimes contra o patrimônio continuam a desafiar as autoridades

As casas das famílias brasilienses são os principais alvos dos bandidos no início do ano. Apenas em fevereiro, 90 residências acabaram invadidas por criminosos, contra 57 no mesmo período de 2015. O acréscimo é de 57,87% (veja quadro). Os dados fazem parte do balanço da criminalidade divulgado ontem pela Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social. Além desse tipo de ação, os crimes contra o patrimônio se mostram preocupantes e afetam a sensação de segurança na capital federal. O governador Rodrigo Rollemberg se reunirá hoje com as forças de segurança para discutir uma estratégia sobre os delitos contra patrimônio, principalmente roubo a casas.

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Os assaltos em coletivos também aumentaram. Subiram 21,27%, com 171 casos em 2016, contra 141 no ano passado. Os números revelam, ainda, que os crimes contra pedestre apresentaram acréscimo, assim como os ataques a comércios. O salão de beleza de Vânia Praia, 38 anos, na 708/709 Norte, sofreu dois roubos somente em janeiro. Nas ações, os bandidos levaram computador, máquina de nota fiscal e até celulares de clientes. ;Aqui está muito perigoso. Eles chegam sem medo nenhum, armados e violentos. Em um dos assaltos, no outro dia mesmo eles passaram aqui na frente com, a mesma roupa;, lamenta. O medo e a sensação de impotência tomaram conta da empresária, que fez questão de registrar a ocorrência. ;É uma maneira de pelo menos aumentar os números das estatísticas. Fazemos a nossa parte, mesmo sabendo que, na maioria das vezes, não vai dar em nada;, diz Vânia.

Latrocínio
A secretária de Segurança Pública, Márcia de Alencar Araújo, justifica os altos números contra o patrimônio devido à crise financeira e à atuação de adolescentes. ;Os crimes de grande repercussão, como da joalheria e o assalto na Península dos Ministros, foram elucidados. Nós temos de compreender que há uma dinâmica de crescimento de alguns delitos contra o patrimônio, que reflete em uma crise social econômica. A intenção com isso é ampliar o sistema do Viva Brasília para a região do Entorno. Essa é uma estratégia que vamos adotar de modo imediato, porque entendemos que esses crimes são migratórios;, avalia.

Em relação aos crimes contra a vida, houve aumento de latrocínios (roubos com morte). Em fevereiro do ano passado, duas pessoas foram vítimas de assaltantes ; em 2015, quatro. O número inclui a morte do servidor do Senado Eli Roberto Chagas, 51 anos, morto em 2 de fevereiro, enquanto aguardava a filha na porta de uma escola, na QE 38 do Guará 2. As tentativas de homicídio cresceram 8,3%, passando de 72 para 78 registros. O balanço mostra que só os casos de homicídio se mantiveram estáveis, sendo registrados 47 nos dois anos.

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