Embora tenham passaporte, Carteira de Trabalho provisória renovável e até CNH válida, alguns ganeses não conseguiram emprego formal, pois nem sequer falam português. ;É uma situação muito delicada. A Copa do Mundo nos colocou nos holofotes. Sabiam que estávamos sem dinheiro e, por isso, nosso valor no mercado se tornou menor;, explicou um imigrante. Ele preferiu não se identificar, mas contou que teve quatro empregos até conseguir uma posição cujos benefícios incluíssem carteira assinada. ;Não posso reclamar, mas tive que dar duro. Não falava português direito, então, procurei trabalhar com algo que tivesse uma linguagem universal: a computação;, emendou.
Segundo a Rosita Milesi, uma pesquisa apontou que 95% dos ganeses que vivem em Brasília têm emprego fixo e formalizado. ;Eles nunca foram ilegais. Chegaram aqui na condição de solicitantes de refúgio, é verdade, mas partimos para uma solução migratória. Muitos deles conseguiram autorizações renováveis e trabalham de carteira assinada;, afirmou a religiosa. Rosita lembrou ainda que a ONG deverá ajudar os interessados a preencher o cadastro na PF.
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