Jornal Correio Braziliense

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Agentes impedem tentativa de fuga na Papuda; policiais fazem pente-fino

Servidores encontraram danos em uma das celas do Centro de Detenção Provisória

Quatro dias após a fuga de dez condenados, agentes penitenciários impediram uma tentativa de fuga no Complexo Penitenciário da Papuda. O serviço de inteligência do Centro de Detenção Provisória (CDP) identificou irregularidades em uma das celas ; onde ficam homens à espera do julgamento ;, na noite desta quinta-feira (25/2). Segundo informações oficiais, marcas apontavam o início da destruição de parte do cubículo.

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Com isso, na manhã desta sexta-feira (26/2), todos os detentos foram levados para o pátio. Agentes da polícia entraram em celas para uma vistoria. Eles fizeram um pente-fino, na tentativa de encontrar armas e outros pontos de fuga. Confirmaram o dano na cela averiguada pelo serviço de inteligência, na noite de quinta-feira.

As informações são do novo diretor da Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), Anderson Espíndola. Ele negou qualquer tentativa de rebelião na manhã de hoje. Delegado da Polícia Civil, Espíndola foi empossado na terça-feira, após uma crise no sistema penitenciário, desencadeada pela fuga em massa de domingo.

Em nota, a Sesipe informou que não houve tentativa de rebelião e que a inteligência do órgão detectou uma tentativa de fuga no CDP. Os agentes penitenciários e os agentes da DPOE (Diretoria Penitenciária de Operações Especiais) iniciaram uma operação de revista e a fuga foi frustrada.

[SAIBAMAIS]Promotores do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) visitaram o complexo da Papuda para inspecionar o local. A ação aconteceu após o MPDFT abrir um inquérito civil público para investigar as recentes fugas da Penitenciária 1 do DF (PDF 1), um dos cinco prédios do local. Na visita, os promotores constataram que, fisicamente, é difícil escapar do local.

Na opinião do promotor de Justiça Marcelo Teixeira, caso houvesse vigilância adequada a fuga não teria acontecido. A Promotoria de Justiça de Execuções Penais chegou a alertar o GDF sobre os riscos decorrentes da carência de servidores no sistema prisional, da superlotação e da deficiência de atividades de ressocialização.