A Secretaria de Saúde cancelou a divulgação do Boletim Epidemiológico dos casos de dengue, zika e chicungunha referente à sétima semana de 2016. A capital federal não contabilizou quantas pessoas estão doentes atualmente. O problema está ligado ao Sistema de Notificação de Agravos (Sinan), do Ministério da Saúde. A autarquia federal nega que a ferramenta tenha ficado fora do ar. Entretanto, até as 20h30 da noite de ontem, não havia como extrair o documento do banco de dados. Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Paraíba, Acre e Rio Grande do Sul registraram o mesmo problema.
A primeira tentativa da Secretaria de Saúde em extrair as informações ocorreu na segunda-feira. Ao todo, houve pelo menos quatro até ontem. O sistema indica que a tabulação está ;em processamento;. ;Eles informaram que de fato estava com problemas na exportação dos dados e não tinha previsão para retornar. Hoje, (ontem) teria uma reunião para que pudessem estimar um prazo. Mandamos um email relatando os problemas e solicitando um respaldo, mas não tivemos resposta;, ressalta Rachel Bitar, coordenadora da Gerência de Doenças Crônicas e Agravos Transmissíveis (GDCAT). As primeiras falhas teriam sido percebidas na quinta-feira passada. Interlocutores do ministério dizem que os problemas começaram após a troca da empresa que faz a manutenção no software.
O Boletim é formado a partir de informações enviadas por cada município. No caso do DF, cada região administrativa lança os casos registrados no Sinan. Mais tarde, os gestores recolhem os dados referentes a cada unidade da federação. ;Não temos calcular isso aqui. Teríamos que pedir os dados a cada regional, isso levaria muito tempo e o boletim ficaria desatualizado;, explica Tiago Coelho, subsecretário de Vigilância à Saúde. Goiás e Minas Gerais divulgaram os dados desta semana. Porém, os estados usam plataforma independentes.
O Ministério da Saúde garantiu, em nota, que o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) identificou oscilações, mas todos os entraves foram solucionados. ;Embora o Sinan não tenha ficado fora do ar, alguns gestores locais possam ter tido dificuldades;, destaca o documento.
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