A Secretaria de Saúde comprou o inseticida Etofenprox, da classe piretroide, para combater o mosquito Aedes aegypti. Segundo a Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS), 3,4 mil litros do produto estão no estoque da pasta ; isso é suficiente para 180 dias. O custo para os cofres públicos foi de R$ 1.999.700. Desde terça-feira (16/2) o produto é usado nos 11 carros fumacê que circulam pela cidade. Antes, a pasta utilizava o Lambda-Cialotrina, enviado pelo Ministério da Saúde, que acabou e não houve a reposição ; o veneno não mata o bicho, segundo pesquisa da Fiocruz.
O Correio mostrou na edição de 18/2, que dos cinco inseticidas autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para combater o Aedes , quatro já não são eficazes pois o inseto se tornou resistente aos produtos ; inclusive o usado no DF.
Segundo a Secretaria de Saúde, a compra nada tem haver com a pesquisa. O processo de compra teria sido iniciado em outubro de 2015. O pregão foi publicado em 27/1. ;Nós observamos a parte epidemiológica, o aumento dos casos de dengue, além da entrada do chicungunha e do zika vírus. Nós nos precavemos da falta do insumo como algumas cidades tem passado. A demanda seria maior que a oferta neste momento;, explicou o subsecretário da SVS, Tiago Coelho.
Segundo a assessoria de comunicação da pasta, a pulverização será feita com os dois insumos a medida que o Ministério da Saúde enviar o veneno. O mais recente pedido foi protocolado ontem (22/2). Contudo, não há previsão do produto ser entregue.
O diretor da Vigilância Ambiental, Divino Valero, explica que a eficácia do produto depende de uma série de fatores. ;Nem sempre a eficiência da aplicação do produto está relacionado ao inseticida. A concentração, a velocidade do veículo e a calibragem do dispersor também interferem, por exemplo;, justificou.
Inseticida ineficiente
Segundo pesquisadores da Fundação Fiocruz, o Lambda-Cialotrina, aplicado pela Secretaria de Saúde na cidade, não mata o bicho. Atualmente, da lista regulada pela Anvisa, apenas o Malathion ainda é eficaz, segundo a Fiocruz. O Executivo local chegou a utilizar o produto, que acabou e foi reposto pelo Lambda-Cialotrina, ineficaz.
O Ministério da Saúde informou, na semana passada, que os inseticidas utilizados no Brasil são autorizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a autarquia federal, há constantes trocas dos produtos de acordo com avaliações técnicas, que levam em consideração fatores relacionados à resistência do Aedes aegypti.
O Ministério da Saúde e a Anvisa não comentaram a troca de inseticidano DF até a publicação dessa reportagem.
As compras
Veja o que a Secretaria de Saúde comprou para o combate ao Aedes aegypti
Larvicida biológico liquido - 40 litros
Larvicida biológico sólido - 375 mil comprimidos
Inseticida Etofenprox (concentração 20%) - 3 mil litros
Inseticida Etofenprox (concentração 9,8%) - 400 litros
Veneno
Ministério da Saúde disponibiliza cinco inseticidas contra o Aedes aegypti, mas apenas um funciona
Segundo a Secretaria de Saúde, a compra nada tem haver com a pesquisa. O processo de compra teria sido iniciado em outubro de 2015. O pregão foi publicado em 27/1. ;Nós observamos a parte epidemiológica, o aumento dos casos de dengue, além da entrada do chicungunha e do zika vírus. Nós nos precavemos da falta do insumo como algumas cidades tem passado. A demanda seria maior que a oferta neste momento;, explicou o subsecretário da SVS, Tiago Coelho.
Segundo a assessoria de comunicação da pasta, a pulverização será feita com os dois insumos a medida que o Ministério da Saúde enviar o veneno. O mais recente pedido foi protocolado ontem (22/2). Contudo, não há previsão do produto ser entregue.
O diretor da Vigilância Ambiental, Divino Valero, explica que a eficácia do produto depende de uma série de fatores. ;Nem sempre a eficiência da aplicação do produto está relacionado ao inseticida. A concentração, a velocidade do veículo e a calibragem do dispersor também interferem, por exemplo;, justificou.
Inseticida ineficiente
Segundo pesquisadores da Fundação Fiocruz, o Lambda-Cialotrina, aplicado pela Secretaria de Saúde na cidade, não mata o bicho. Atualmente, da lista regulada pela Anvisa, apenas o Malathion ainda é eficaz, segundo a Fiocruz. O Executivo local chegou a utilizar o produto, que acabou e foi reposto pelo Lambda-Cialotrina, ineficaz.
O Ministério da Saúde informou, na semana passada, que os inseticidas utilizados no Brasil são autorizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a autarquia federal, há constantes trocas dos produtos de acordo com avaliações técnicas, que levam em consideração fatores relacionados à resistência do Aedes aegypti.
O Ministério da Saúde e a Anvisa não comentaram a troca de inseticidano DF até a publicação dessa reportagem.
As compras
Veja o que a Secretaria de Saúde comprou para o combate ao Aedes aegypti
Larvicida biológico liquido - 40 litros
Larvicida biológico sólido - 375 mil comprimidos
Inseticida Etofenprox (concentração 20%) - 3 mil litros
Inseticida Etofenprox (concentração 9,8%) - 400 litros
Veneno
Ministério da Saúde disponibiliza cinco inseticidas contra o Aedes aegypti, mas apenas um funciona
Deltametrina
Lambda-Cialotrina
Permetrina
Transcifenotrina
Malathion (único eficaz)