Jornal Correio Braziliense

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Artistas realizam abraço coletivo para pedir reabertura do Teatro Nacional

O local está fechado, há dois anos, por problemas estruturais; grupo reclama de falta de espaços culturais para apresentar espetáculos



Representantes da classe artística de Brasília e estudantes se concentram, desde as 17h deste sábado (20/02), em frente ao Teatro Nacional Cláudio Santoro para o abraço coletivo em prol da reabertura do espaço cultural. Fechado há dois anos após uma determinação do Ministério Público, ele segue sem data definida para início da reforma.

A inutilização do espaço tem prejudicado a classe artística da cidade que não tem em outros locais a mesma estrutura do Teatro Nacional. "A acústica, a iluminação e os camarins foram preparados para grandes espetáculos. Sem o teatro, nós precisamos elaborar apresentações sem a complexidade que temos capacidade de apresentar" avalia o bailarino Valdemar Piauí, organizador da mobilização.

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Não apenas os espetáculos são prejudicados pelo fechamento do principal teatro da cidade. Estudantes de artes cênicas são prejudicados ao receberem importantes festivais da área, como o NART, dedicado a exibição de peças de universidades de todo o país. "Apenas nesse evento esperamos 5 mil estudantes de várias partes do país. Em outras cidades o evento acontece nos teatros municipais. No caso de Brasília, teremos que nos adaptar com um espaço de capacidade inferior" ressalta Bruno Silva, estudante de artes cênicas da Universidade de Brasília e integrante da equipe de comunicação do festival.

A secretária-adjunta de Cultura, Nana Catalão, acompanhou a manifestação e informou que o governo deve firmar parcerias, com a Terracap, por exemplo, para realizar a recuperação do teatro. O projeto inicial estava orçado em R$ 200 milhões, mas o governo só tem R$ 147 milhões disponíveis para investir. De acordo com a secretária-adjunta, o trabalho está em fase de finalização de estudo técnico. "Até o momento, não temos previsão para entrega dos estudo nem para início das obras", afirmou.