<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/02/19/518460/20160218235852621383u.JPG" alt="Membros do MSL estão na fazenda Barreiro, mesmo com decisão judicial" /><br /><br />Com a promessa de distribuir terras a pequenos produtores rurais, o empresário Hugo Daniel Maciel Zaidan, 33 anos, comanda ao menos oito acampamentos instalados em fazendas no Entorno do DF e mobiliza um verdadeiro exército de sem-terra ; o Movimento Social de Luta (MSL). Dono de um restaurante em Alto Paraíso, ele é ex-seguidor do antigo líder do Movimento dos Sem-Terra (MST) José Rainha, com quem rompeu para criar a própria bandeira. O MSL consegue se manter por meio de doações dos integrantes. Dinheiro usado, segundo Zaidan, para resolver os trâmites legais, conseguir autorizações e pagar melhorias nos assentamentos, que estariam, de acordo com ele, em terrenos supostamente irregulares com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).<br /><br />As ocupações do MSL ocorrem, simultaneamente, nas cidades goianas de Formosa, Teresina de Goiás, Alto Paraíso e São João d;Aliança. O movimento reuniu cerca de 1,5 mil pessoas para montar cada acampamento. Vai gente também do Gama, do Núcleo Bandeirante, do P Sul e da Candangolândia. Zaidan, porém, nunca conseguiu entregar os lotes que prometeu. ;Não entreguei porque o Incra não libera. Há um ano e meio, nós controlamos o acampamento Dorselina Folador, que era uma fazenda, e agora é nosso. Eles (os donos) não fazem nada. A terra não tem estudo, não tem corte, nada. Mas 40 famílias moram lá. Eu consegui;, conta o líder.<br /><br />A iniciativa de Zaidan resultou em nove ações criminais contra ele no Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), incluindo uma por descumprir mandado de reintegração de posse. O caso ocorre na Fazenda Barreiro, em Formosa, ocupada em dezembro e tirada das mãos dos sem-terra dois meses depois, por ordem judicial; mas, desde o último domingo, novamente cheia de manifestantes. De acordo com o juiz Lucas Siqueira, titular da 1; Vara Cível da cidade, ;não há como saber até onde há legitimidade na invasão. Foi provado que a terra tem dono, que é produtiva, e foi dada a ordem para eles saírem. Continuar ali configura crime de desobediência;, afirmou.<br /><br />;Nada disso vai pra frente;, declarou o invasor-chefe, em resposta à declaração do magistrado. ;Tenho quatro advogados. Nunca paguei fiança. Estou no caminho certo. Tiro (as terras) dos ladrões, de quem lava dinheiro e dos traficantes para dar aos pobres. Estou educando a população para correr atrás do que é dela;, acrescentou Zaidan, que, segundo ele, desde os 13 anos milita pela reforma agrária. ;Não tenho mais medo de nada. Já sofri o que tinha para sofrer;, acrescentou.<br /><br />Há duas semanas, ele foi preso em flagrante acusado de receptação. Segundo a Polícia Civil de Goiás, em 4 de fevereiro, ele foi surpreendido em posse de um trator, maquinários e um caminhão dentro do acampamento Nelson Mandela, em São João d;Aliança, na Fazenda Isabel, invadida pelo MSL em dezembro do ano passado. O empresário disse que os equipamentos estavam sob a responsabilidade dele, mas não apresentou documentos. Chegou à delegacia de Alto Paraíso escoltado, mas, por falta de provas, acabou liberado. Na cidade, ele responde por oito acusações, a maioria sobre ameaça e extorsão.</p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível <a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/saude/2016/02/17/interna_saude,197649/o-marco-zero-do-alzheimer.shtml">aqui,</a><a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/ciencia/2016/02/14/interna_ciencia,197418/a-desafiadora-fase-da-liberdade.shtml"> </a>para assinantes. Para assinar, clique <a href="https://www2.correiobraziliense.com.br/seguro/digital/assine.php" target="blank">aqui</a> </p>