A ideia de que o custo de vida em Brasília é dos mais altos do país agora tem respaldo técnico também nos custos da alimentação básica. Em estudo divulgado na última terça-feira (16/2), o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que o preço médio da cesta básica do brasiliense em janeiro deste ano foi a mais cara dentre as 27 capitais pesquisadas: R$ 451. O preço ficou pouco acima do de São Paulo (R$ 448,31) e Rio de Janeiro (R$ 448,06).
O estudo aponta, também, que o preço médio de todos os produtos da cesta básica ; fixados por decreto ainda durante a Era Vargas ; aumentaram. O destaque na região de Brasília, em relação a dezembro de 2015, foi dos custos do tomate (51,93%), da batata (27,56%), do açúcar (17,89%) e da banana (17,14%). Em janeiro, todos os produtos da tabela tiveram aumento de preço, com exceção da manteiga, cujo valor teve queda de 0,84%.
A análise do Dieese indica que alterações climáticas como a seca no Centro-Oeste e as fortes chuvas de verão no Sul e Sudeste contribuíram para a alteração dos preços dos itens da Cesta Básica analisados. Em média, o custo da cesta básica em relação ao salário mínimo (R$ 880) se manteve muito próximo da metade do piso nacional.
Pesquisar e substituir
Marcelo Marinho, superintendente da Associação dos Supermercados de Brasília, diz que a regra deve ser a de checar os preços na maior quantidade de estabelecimentos possível. ;Os supermercados monitoram quase que diariamente os produtos mais vendidos;, afirma. Se houver um aumento ou baixa significativos na compra de certos produtos, o supermercado vai saber. ;O varejo, nesse tipo de situação, é muito rápido, dinâmico;, completa.
Ao fazer as compras da semana em um supermercado na Região Administrativa do Cruzeiro, o funcionário dos Correios, Rogério Dias, de 63 anos, disse que em menos de seis meses o preço da carne mais que dobrou. Segundo ele, os cerca de R$ 1.000 que recebe de vale alimentação pagam apenas um terço dos gastos alimentares básicos da família.
Os gastos familiares com insumos básicos também preocupa a assistente de políticas públicas para micro e pequenas empresas do Sebrae, Ana Paula Mendonça, 44. Ela conta que teve de usar da criatividade quando o preço da carne para o estrogonoff estava muito acima do que ela poderia pagar. ;O jeito foi comprar um filé de frango;, lembrou.
Nova metodologia
É a primeira vez que as 27 capitais têm os preços dos insumos analisados de forma conjunta. De acordo com o texto do Dieese, a comparação só foi possível graças aos dados da Pesquisa de Orçamento Familiar 2008/2009 feita pelo IBGE ; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A análise abrange famílias que recebem entre um e três salários mínimos.
Ainda de acordo com a pesquisa, as cidades com os menores custos dos itens da cesta básica foram, em janeiro, Natal (R$ 329,2), Maceió (R$ 337,32) e Rio Branco (R$ 341).
O estudo aponta, também, que o preço médio de todos os produtos da cesta básica ; fixados por decreto ainda durante a Era Vargas ; aumentaram. O destaque na região de Brasília, em relação a dezembro de 2015, foi dos custos do tomate (51,93%), da batata (27,56%), do açúcar (17,89%) e da banana (17,14%). Em janeiro, todos os produtos da tabela tiveram aumento de preço, com exceção da manteiga, cujo valor teve queda de 0,84%.
A análise do Dieese indica que alterações climáticas como a seca no Centro-Oeste e as fortes chuvas de verão no Sul e Sudeste contribuíram para a alteração dos preços dos itens da Cesta Básica analisados. Em média, o custo da cesta básica em relação ao salário mínimo (R$ 880) se manteve muito próximo da metade do piso nacional.
Pesquisar e substituir
Marcelo Marinho, superintendente da Associação dos Supermercados de Brasília, diz que a regra deve ser a de checar os preços na maior quantidade de estabelecimentos possível. ;Os supermercados monitoram quase que diariamente os produtos mais vendidos;, afirma. Se houver um aumento ou baixa significativos na compra de certos produtos, o supermercado vai saber. ;O varejo, nesse tipo de situação, é muito rápido, dinâmico;, completa.
Ao fazer as compras da semana em um supermercado na Região Administrativa do Cruzeiro, o funcionário dos Correios, Rogério Dias, de 63 anos, disse que em menos de seis meses o preço da carne mais que dobrou. Segundo ele, os cerca de R$ 1.000 que recebe de vale alimentação pagam apenas um terço dos gastos alimentares básicos da família.
Os gastos familiares com insumos básicos também preocupa a assistente de políticas públicas para micro e pequenas empresas do Sebrae, Ana Paula Mendonça, 44. Ela conta que teve de usar da criatividade quando o preço da carne para o estrogonoff estava muito acima do que ela poderia pagar. ;O jeito foi comprar um filé de frango;, lembrou.
Nova metodologia
É a primeira vez que as 27 capitais têm os preços dos insumos analisados de forma conjunta. De acordo com o texto do Dieese, a comparação só foi possível graças aos dados da Pesquisa de Orçamento Familiar 2008/2009 feita pelo IBGE ; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A análise abrange famílias que recebem entre um e três salários mínimos.
Ainda de acordo com a pesquisa, as cidades com os menores custos dos itens da cesta básica foram, em janeiro, Natal (R$ 329,2), Maceió (R$ 337,32) e Rio Branco (R$ 341).