<div><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/02/04/516528/20160203232044256376u.JPG" alt="Gideon de Sousa cobra alternativas para combater o mosquito, por exemplo, pesticidas para os locais em que não há como acabar com a água parada" /> </div><div> </div><div>A Secretaria de Saúde do Distrito Federal divulgou, ontem, o mais recente panorama do contágio das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Foram 1.198 casos de dengue notificados este mês ; 125 deles no Entorno ;, aumento de 435% com relação a janeiro de 2015. Além disso, há cinco confirmados de zika vírus e cinco de febre chikungunya. Com o aumento no número de contágios, moradores da zona rural também têm ficado apreensivos. No Distrito Federal, cerca de 20 mil famílias que vivem no campo vão receber, até o fim de março, 18 mutirões para combater o inseto, segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Em 2016, apenas três ações fizeram o controle em 250 casas nas regiões de produção agrícola da cidade.</div><div><br /></div><div>A zona rural acumula uma série de fatores que contribuem para a reprodução do Aedes. Ambientes com reservatórios de água e coleta de lixo irregular são alguns deles. Na esperança de manter a epidemia longe, agricultores têm lançado mão até de técnicas antigas. Tudo por conta própria. Raimundo Ferreira da Silva, 35 anos, vive no Incra 8, em Brazlândia, cidade que contabiliza o maior número de infecções da cidade (leia Contaminação). Ele evita deixar água parada e, no fim da tarde, coloca fogo em palha, a fim de espantar os mosquitos com a fumaça. Dentro de casa, usa uma raquete que eletrocuta os insetos. ;A situação está séria e ficamos com medo de ter alguma coisa;, relata.</div><div><br /></div><div>O agricultor Cristóvão de Sousa Nascimento, 34, diz que o controle é difícil, sobretudo, quando as informações são poucas. ;Fazemos o que vimos na televisão ou nos jornais. Nunca ninguém orientou como agir aqui. É complicado ter um controle eficaz quando não se tem ferramentas para isso;, reclama. Gideon de Sousa Nascimento, 30 anos, irmão de Cristóvão, cobra insumos para combater o Aedes. ;Seria bom a gente ter um veneno para colocar em locais onde é impossível acabar com a água parada. Aqui, tem um poço artificial que só não é mais perigoso porque todos os dias tiramos água para irrigar a lavoura. Mas, no tempo de chuva, o uso é menor e isso pode trazer riscos;, argumenta o agricultor, que trabalha na Colônia Agrícola Alexandre Gusmão.</div><div><br /></div><div><strong>Combate</strong></div><div>O assentamento Oziel Alves, em Planaltina, recebeu uma ação de combate. Técnicos da Emater vistoriaram casas e extinguiram focos do mosquito. ;O DF tem a particularidade de o meio rural estar muito próximo das zonas urbanas, e isso pode ser perigoso. Estamos mapeando a situação nesses locais para sabermos quais são as regiões mais problemáticas. No momento, temos mutirões de limpeza e ações educativas;, detalha Roberto Carneiro, engenheiro agrônomo da gerência agropecuária da Emater, que trabalha no combate ao Aedes no campo, ao explicar que as falhas no recolhimento de lixo contribuem para a expansão de outras doenças e o aumento de roedores.</div><div><br /></div><div>O diretor da Vigilância Ambiental, Divino Valero Martins, garante que a incidência na zona agrícola é baixa, por isso, justifica que o controle é tímido. Contudo, ele explica que o cenário é monitorado da mesma maneira que na área urbana. ;Do ponto de vista científico, não há possibilidade de uma grande infestação no campo. A preferência do Aedes ainda é a cidade. Mas estamos atentos, acompanhando, e a situação está controlada;, esclarece Divino.</div><div><br /></div><div>As cidades com maior número de casos registrados no DF são Brazlândia (301), São Sebastião (116), Planaltina (98) e Ceilândia (88), respondendo por 56% das contaminações, segundo Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do DF. Brazlândia representa 28% do total registrado. A variação em relação ao mesmo período do ano passado na cidade é assustadora: 5.920%. O Executivo local decretou epidemia. Houve, ainda, o registro de 29 casos suspeitos de febre chikungunya, dos quais 22 (76%) residem no DF e 7 (24%) em Santo Antônio do Descoberto (GO). A pasta notificou 41 casos suspeitos de vírus zika, dos quais 36 (88%) residem na capital federal e cinco (12%) em estados.</div><div><br /></div><div>Ontem, seis casas abandonadas tiveram os portões abertos em Brazlândia. Onze equipes de vigilância epidemiológica se espalharam pela cidade ; onde a incidência de dengue atinge 464 pessoas a cada 100 mil habitantes. A inspeção partiu da Vila São José, onde houve a identificação de um criadouro do mosquito. Outra residência estava com mato muito alto e, para fazer a inspeção, a administração regional será acionada para limpar a área. Serão realizados levantamentos, segundo a Secretaria de Saúde, para identificar outras casas abandonadas.</div><div><br /></div><div>Em municípios do Entorno, os casos aumentaram 420% em relação a janeiro de 2015. Águas Lindas de Goiás, Luziânia, Padre Bernardo e Santo Antônio do Descoberto são as cidades com maior número de casos. Para conter a crise, o subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Tiago Coelho, se reúne, hoje, com a superintendente do setor em Goiás, Maria Cecília Brito, com a de Política de Atenção Integral à Saúde do estado, Evanilde Gomides, para definir estratégias comuns ao combate do Aedes aegypti. ;É uma discussão técnica de ação, de operação. Vamos definir medidas de combate para DF e Goiás, a fim de debelar o mosquito;, adiantou. </div><div> </div><div>A matéria completa está disponível<a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/saude/2016/01/26/interna_saude,195522/as-maiores-ameacas-as-criancas.shtml"> </a><a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwOi8vaW1wcmVzc28uY29ycmVpb3dlYi5jb20uYnIvYXBwL25vdGljaWEvY2FkZXJub3MvY2lkYWRlcy8yMDE2LzAyLzA0L2ludGVybmFfY2lkYWRlcywxOTY0NjYvbWFpcy1kZS1taWwtY2Fzb3MtZGUtZGVuZ3VlLnNodG1sIiwibGluayI6Imh0dHA6Ly9pbXByZXNzby5jb3JyZWlvd2ViLmNvbS5ici9hcHAvbm90aWNpYS9jYWRlcm5vcy9jaWRhZGVzLzIwMTYvMDIvMDQvaW50ZXJuYV9jaWRhZGVzLDE5NjQ2Ni9tYWlzLWRlLW1pbC1jYXNvcy1kZS1kZW5ndWUuc2h0bWwiLCJwYWdpbmEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIiwibW9kdWxvIjp7InNjaGVtYSI6IiIsImlkX3BrIjoiIiwiaWNvbiI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIiLCJpZF90cmVlYXBwIjoiIiwidGl0dWxvIjoiIiwiaWRfc2l0ZV9vcmlnZW0iOiIiLCJpZF90cmVlX29yaWdlbSI6IiJ9LCJyc3MiOnsic2NoZW1hIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiJ9LCJvcGNvZXMiOnsiYWJyaXIiOiJfc2VsZiIsImxhcmd1cmEiOiIiLCJhbHR1cmEiOiIiLCJjZW50ZXIiOiIiLCJzY3JvbGwiOiIiLCJvcmlnZW0iOiIifX0=">aqui,</a><a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/saude/2016/02/02/interna_saude,196202/da-bariatrica-a-plastica-corretiva.shtml"></a> para assinantes. 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