Há pouco mais de quatro meses, Kallyna Sampaio reaprendeu a viver. Ela dormia no banco de trás de um carro dirigido por um amigo. Só percebeu que eles tinham sofrido um acidente quando acordou com o resgate e percebeu que não conseguia mexer os membros. Naquele mesmo momento, entendeu estar tetraplégica. Perdeu o amigo, a independência, muitos dos movimentos, mas nunca a fé. Desde aquele 12 de setembro de 2015, foi esse sentimento que deu força para a jovem de 23 anos recomeçar do zero.
Após passar por quatro hospitais, enfrentar duas cirurgias e ficar três dias e meio na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a brasiliense recebeu inúmeras mensagens: de pessoas que também viram a morte de perto ou que simplesmente queriam saber como ela superava os novos desafios. Diante de tanto carinho, Kallyna queria apenas retribuir. Criou um canal no YouTube e uma página no Facebook para compartilhar a nova chance.
;As pessoas falavam que eu estava mudando a vida delas. Então, decidi que eu queria fazer o bem. Sempre achei uma coisa muito humana e bonita. Eu queria passar força para pessoas que, às vezes, estavam sem esperança e mostrar que nunca me deixei abater pela depressão;, conta. Após a lesão, o primeiro esforço foi para mexer no celular. É no aparelho que ela grava e edita os próprios vídeos para postar na internet. Os temas são exercícios, fisioterapias e, principalmente, vivências da nova fase.
Religião
O início não foi fácil. No auge da juventude, Kallyna se viu com a vida totalmente limitada e o choro era inevitável. Católica, ela se agarrou na crença. ;É muito ruim. Você chora, pede para Deus te levar, pergunta por que Ele fez isso e, ao mesmo tempo, você agradece pela vida, clama por desculpa, perdão e pede: ;Me faz voltar a andar;;. Além do desespero espiritual, vieram as dificuldades financeiras. A jovem morava em um apartamento com a família, mas, após a lesão, teve que se mudar para uma casa maior e com acessibilidade. Então, ela conheceu o apoio de amigos e familiares para que a vida começasse a tomar um novo rumo.
Após passar por quatro hospitais, enfrentar duas cirurgias e ficar três dias e meio na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a brasiliense recebeu inúmeras mensagens: de pessoas que também viram a morte de perto ou que simplesmente queriam saber como ela superava os novos desafios. Diante de tanto carinho, Kallyna queria apenas retribuir. Criou um canal no YouTube e uma página no Facebook para compartilhar a nova chance.
;As pessoas falavam que eu estava mudando a vida delas. Então, decidi que eu queria fazer o bem. Sempre achei uma coisa muito humana e bonita. Eu queria passar força para pessoas que, às vezes, estavam sem esperança e mostrar que nunca me deixei abater pela depressão;, conta. Após a lesão, o primeiro esforço foi para mexer no celular. É no aparelho que ela grava e edita os próprios vídeos para postar na internet. Os temas são exercícios, fisioterapias e, principalmente, vivências da nova fase.
Religião
O início não foi fácil. No auge da juventude, Kallyna se viu com a vida totalmente limitada e o choro era inevitável. Católica, ela se agarrou na crença. ;É muito ruim. Você chora, pede para Deus te levar, pergunta por que Ele fez isso e, ao mesmo tempo, você agradece pela vida, clama por desculpa, perdão e pede: ;Me faz voltar a andar;;. Além do desespero espiritual, vieram as dificuldades financeiras. A jovem morava em um apartamento com a família, mas, após a lesão, teve que se mudar para uma casa maior e com acessibilidade. Então, ela conheceu o apoio de amigos e familiares para que a vida começasse a tomar um novo rumo.