Jornal Correio Braziliense

Cidades

Em rede social, vice-governador critica ações de combate à dengue

Cunhada de Renato Santana morreu na última quarta-feira, vítima da doença

"Quantas Cristinas morrem todos os dias pela economia, equivocada, em alguns momentos, de dinheiro na crise enquanto alguns tecnocratas ainda persistem em não se mexer para ver que o mundo real é muito diferente da bolha de gabinetes?" O questionamento do vice-governador Renato Santana foi publicado numa rede social após um dia da morte de sua cunhada Maria Cristina Natal Santana, 42 anos, vítima de dengue hemorrágica.

;Estamos em meio a um cenário de guerra, sobretudo nessa questão da saúde. E vamos vencer, desde que haja mais compromisso, mais ação;, criticou o número dois do Palácio do Buriti. O Correio revelou na edição de quarta-feira que os estoques de testes para dengue estão baixos. Há ainda apenas 600 litros de biolarvicida e 280 litros de inseticida usados nos carros fumacês ; o montante é suficiente apenas para dois meses.

Leia mais notícias em Cidades


Entenda o caso
Cristina era casada com Pedro Santana, irmão do vice-governador. Ela estava internada no Hospital Regional de Brazlândia (HRB), cidade onde morava, desde as 23h da última terça-feira (26/1). A cidade lidera o ranking de infecções por dengue no Distrito Federal ; Brazlândia registrou 162 casos da doença, segundo o mais recente Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde. O aumento foi de 5.300%.

Na segunda-feira, o Executivo local inaugurou a sala de controle das ações de combate ao Aedes aegypti. Dois dias depois, deparou-se com a primeira morte por dengue hemorrágica, a forma mais grave da doença, na capital federal. Maria Cristina pertencia ao quadro da Secretaria de Saúde há 16 anos e atuava na diretoria de atenção primária à saúde no Hospital Regional de Brazlândia (HRB). Ela deu entrada às 23h de terça-feira e morreu às 4h de quarta.

Combate
A Secretaria de Saúde garantiu, em nota, que o combate ao mosquito ocorre diariamente em todas as cidades. ;Estamos trabalhando junto ao Ministério da Saúde para que uma nova remessa do produto chegue ao DF antes do término deste quantitativo existente;, afirma o documento. ;Os estoques estão a contento e não há risco de desabastecimento, pois todas as ações necessárias para a aquisição dos insumos foram iniciadas com bastante antecedência, de forma planejada;, diz outro trecho.