O primeiro mês de 2016 chega perto do fim com histórico de assaltos a postos de combustíveis, joalherias e lojas de conveniência, explosões de caixas eletrônicos, entre outros crimes contra o patrimônio. Ontem, pelo menos um roubo a comércio e uma tentativa foram registrados em menos de cinco horas no Plano Piloto: na Asa Sul, um bandido levou R$ 14 mil após render os funcionários de um estabelecimento na 415; na Asa Norte, houve arrombamento de uma loja na 309. Especialista explica que janeiro, por ser período de férias e muitas pessoas ainda estarem fora da cidade, o número de ocorrências dessa natureza tende a aumentar.
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Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, houve uma redução de 30% nos casos de roubos a comércio entre 2014 e 2015. A queda nos números, porém, não inibiu criminosos de, já em 2 de janeiro, assaltar uma joalheria em um shopping na Asa Sul. Dois dias depois, o mesmo estabelecimento foi roubado e, em 11 de janeiro, a loja de Carla Amorim, tradicionalmente frequentada por autoridades e celebridades, entrou na rota dos bandidos, que levaram joias e dinheiro, além de atirar na perna do segurança. Coincidência ou não, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) decidiu, neste mês, remanejar servidores de setores administrativos para complementar as vagas da Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade) ; o 190, alvo de reclamações da população.
Além das joalherias, a Polícia Militar agiu para deter responsáveis por roubos a loja de conveniência ; na última quarta, a corporação prendeu cinco pessoas que havia levado R$ 9 mil de uma agência do Banco de Brasília (BRB), em Planaltina ; e a postos de combustíveis ; dois adolescentes foram apreendidos e dois homens, presos após assaltarem estabelecimento na QE 20, no Guará 2, em 5 de janeiro. A bola da vez está com a 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul), que investiga quem trancou os funcionários do posto BR da 415 Sul na manhã de ontem e levou R$ 14 mil. Para a 2; DP, cabe a apuração de um arrombamento em uma loja na 309 Norte, supostamente sem roubo de objetos ; semelhante ao ocorrido em 9 de janeiro, quando criminosos explodiram um caixa eletrônico na 513 Sul, mas não conseguiram levar dinheiro.
Retrospecto ;desanimador;
De acordo com o professor da Universidade Católica de Brasília (UCB) Nelson Gonçalves, os meses de janeiro, fevereiro e junho são ;pontos fora da curva; em crimes como roubos a comércio e a residências. ;Com bastante gente fora da cidade, o número de funcionários nas lojas fica reduzido e economiza-se, entre outros fatores, em iluminação. No caso das casas é ainda mais acentuado, afinal, uma residência vazia para um criminoso motivado é uma grande oportunidade;, explica. Apesar disso, ele acredita que os picos são acompanhados pela ;ausência de ações enérgicas por parte do governo;.
Para o especialista, o retrospectivo das últimas duas décadas no Distrito Federal ;não anima;. ;Nos últimos 20 anos, por exemplo, a taxa de homicídios no DF ficou estável. Isso demonstra que nenhuma medida de prevenção funcionou nesse período, pois a quantidade no DF é acima da média;, diz. Para ele, como as forças de segurança da capital estão regidas por lei federal e apenas indiretamente subordinadas ao governador ; diferentemente do que acontece nos estados ;, a aplicação de programas fica dificultada. ;Há uma decisão do Supremo que impede a Câmara local de legislar sobre segurança pública e o campo de ação do chefe do Executivo local não pode ultrapassar a lei federal. Como as forças nem sempre têm o mesmo objetivo do governo, a situação fica difícil;, afirma.
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Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, houve uma redução de 30% nos casos de roubos a comércio entre 2014 e 2015. A queda nos números, porém, não inibiu criminosos de, já em 2 de janeiro, assaltar uma joalheria em um shopping na Asa Sul. Dois dias depois, o mesmo estabelecimento foi roubado e, em 11 de janeiro, a loja de Carla Amorim, tradicionalmente frequentada por autoridades e celebridades, entrou na rota dos bandidos, que levaram joias e dinheiro, além de atirar na perna do segurança. Coincidência ou não, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) decidiu, neste mês, remanejar servidores de setores administrativos para complementar as vagas da Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade) ; o 190, alvo de reclamações da população.
Além das joalherias, a Polícia Militar agiu para deter responsáveis por roubos a loja de conveniência ; na última quarta, a corporação prendeu cinco pessoas que havia levado R$ 9 mil de uma agência do Banco de Brasília (BRB), em Planaltina ; e a postos de combustíveis ; dois adolescentes foram apreendidos e dois homens, presos após assaltarem estabelecimento na QE 20, no Guará 2, em 5 de janeiro. A bola da vez está com a 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul), que investiga quem trancou os funcionários do posto BR da 415 Sul na manhã de ontem e levou R$ 14 mil. Para a 2; DP, cabe a apuração de um arrombamento em uma loja na 309 Norte, supostamente sem roubo de objetos ; semelhante ao ocorrido em 9 de janeiro, quando criminosos explodiram um caixa eletrônico na 513 Sul, mas não conseguiram levar dinheiro.
Retrospecto ;desanimador;
De acordo com o professor da Universidade Católica de Brasília (UCB) Nelson Gonçalves, os meses de janeiro, fevereiro e junho são ;pontos fora da curva; em crimes como roubos a comércio e a residências. ;Com bastante gente fora da cidade, o número de funcionários nas lojas fica reduzido e economiza-se, entre outros fatores, em iluminação. No caso das casas é ainda mais acentuado, afinal, uma residência vazia para um criminoso motivado é uma grande oportunidade;, explica. Apesar disso, ele acredita que os picos são acompanhados pela ;ausência de ações enérgicas por parte do governo;.
Para o especialista, o retrospectivo das últimas duas décadas no Distrito Federal ;não anima;. ;Nos últimos 20 anos, por exemplo, a taxa de homicídios no DF ficou estável. Isso demonstra que nenhuma medida de prevenção funcionou nesse período, pois a quantidade no DF é acima da média;, diz. Para ele, como as forças de segurança da capital estão regidas por lei federal e apenas indiretamente subordinadas ao governador ; diferentemente do que acontece nos estados ;, a aplicação de programas fica dificultada. ;Há uma decisão do Supremo que impede a Câmara local de legislar sobre segurança pública e o campo de ação do chefe do Executivo local não pode ultrapassar a lei federal. Como as forças nem sempre têm o mesmo objetivo do governo, a situação fica difícil;, afirma.