Período mais esperado pelas crianças, as férias exigem disposição dos pais para acompanhar o ritmo dos pequenos. Para entretê-los e não prejudicar a socialização, muitos optam por matriculá-los em colônias de férias. No Distrito Federal, mais de 20 opções foram oferecidas entre novembro e janeiro. Das mais esportivas às mais artísticas, crianças de variados perfis encontraram pelo menos um grupo que as incluísse. A não ser as que têm necessidades especiais, como as autistas. Nesses casos, as alternativas são quase sempre inexistentes.
Apesar de haver mais de 60 mil crianças autistas no DF, segundo levantamento de organizações sociais, foi só este ano que surgiu a primeira opção de colônia de férias para esses meninos e meninas. Pela primeira vez, 18 crianças com esse distúrbio tiveram opção de entretenimento durante o recesso escolar. As atividades da colônia de férias terapêutica da clínica Estimular, no Setor de Mansões do Park Way, começaram na última segunda-feira e vão até a próxima sexta-feira.
Idealizada pela psicóloga Cinthia Vanessa, a iniciativa foi um desafio que tem dado certo. ;Para uma criança autista, o intervalo das férias é enorme. Elas ficam nervosas quando não têm rotina, pois precisam disso para se inserir no tempo e no espaço;, explica a psicóloga. Com o objetivo de ajudar nesse momento de transição, ela resolveu investir tempo e dinheiro para tirar do papel o plano da colônia de férias, que estava na gaveta desde 2012. ;As pessoas não acreditavam que poderia dar certo e que haveria interesse;, conta Cinthia, que se inspirou no Summer Camp, de Recife (PE) ; pioneiro no Brasil, em atividade desde 2011 ;, e no Intercamp, de Uberlândia (MG), ambos voltados para crianças autistas.
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