<div><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/01/16/514204/20160116000334462545a.JPG" alt="Luana Machado (E), Néliton Alves e Marcela Dálete fazem parte dos 55 aprovados do CEM 2: alunos ressaltam o apoio dos professores e da direção" /> </div><div> </div><div>O ano começou com notícia boa para alunos das escolas públicas do Distrito Federal, que conquistaram 861 vagas no Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília (PAS-UnB), 43% do total. O aumento das cotas também contribuiu para a melhora do cenário. A porcentagem de oportunidades destinadas a esses estudantes chegou a 37,5%, em 2015. No ano anterior, 25% das vagas eram de cotas sociais e 33,5% alunos da rede pública ingressaram na universidade. Em 2016, a UnB vai destinar metade das vagas às escolas do governo (veja quadro).</div><div><br /></div><div>O sucesso na avaliação foi a oportunidade para o Centro de Ensino Médio 2 de Ceilândia reescrever sua história. Após ser palco de uma briga entre alunos, que terminou em assassinato, no ano passado (leia Memória), a escola aprovou 55 alunos no PAS. Segundo o coordenador pedagógico, Wesley Xavier, o desempenho é uma conquista para o colégio, conhecido na região pelas aprovações na universidade. ;Todo o nosso trabalho pedagógico para o ensino médio é voltado para as avaliações da UnB. Desenvolvemos projetos, saraus, aulões, tudo com base nas obras do PAS.;</div><div><br /></div><div>Para Néliton Alves, 18 anos, calouro de artes cênicas, o resultado prova que o incidente de setembro não reflete aquilo que a escola tem para oferecer aos alunos, em especial os que tentam uma vaga na UnB. ;Aquilo poderia ter acontecido em qualquer lugar. Não muda o fato de que o CEM 2 é uma escola muito boa, que prepara a gente muito bem;, afirma. O garoto é o dono da única vaga destinada às cotas sociais do curso escolhido. Ele concorreu com 12 outros estudantes, selecionados após prova de habilidade e conhecimentos específicos.</div><div><br /></div><div>A tragédia não afetou o desenvolvimento dos estudos de Luana Aparecida Machado, 18, aprovada em enfermagem. Ela conta que, além da própria dedicação e empenho, o esforço de professores em ajudar os alunos a superarem o acontecido foi importante para a conquista. ;Eles diziam que a gente não devia se apegar àquilo. No começo, todo mundo ficou meio receoso de acontecer de novo, mas tentamos dar a volta por cima e conseguimos, tivemos muitos alunos aprovados;, comemora.</div><div><br /></div><div>Luana relata que comentários nas redes sociais comparavam a qualidade da escola ao CEM 9 de Ceilândia, outra instituição tradicional na cidade. ;No momento em que passávamos pelo assassinato, eles colecionavam conquistas, tinham destaque nas olimpíadas de matemática e enviavam alunos para o exterior. A gente não se prendeu a isso, senão nunca chegaríamos a lugar algum. Temos que acreditar no nosso potencial, correr atrás dos nossos sonhos;, afirma. O CEM 9 teve 25 aprovados no PAS.</div><div><br /></div><div>Marcela Dálete, 16, escolheu cursar ciências ambientais e também elogia a forma como os professores, a coordenação e a direção reagiram ao acontecido e incentivaram os estudantes a se concentrarem nos estudos. ;Esse foi um acontecimento à parte. A escola é muito tranquila, e os diretores e professores souberam lidar bem com a situação. Houve palestras, conversas e orientação, mas focamos nos estudos. O clima não prejudicou os projetos da escola;, declara. Xavier explica como a coordenação procedeu. ;Fizemos dinâmicas com orientadores educacionais em sala de aula só para deixar claro que foi um fato isolado, que não era relevante para os estudos e não refletia a realidade do CEM 2.;</div><div><br /></div><div><br /></div><div><em><strong>As cotas </strong></em></div><div><em><br /></em></div><div><em>O texto da Lei n; 12.711, publicada em agosto de 2012, determina que, até o segundo semestre de 2016, metade das vagas das universidades federais por curso e turno sejam reservadas a estudantes que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas. O restante deve ser dividido entre cotas raciais ; às quais devem ser destinadas 5% das vagas ; e sistema universal. Confira abaixo como a UnB fez a distribuição das vagas nos últimos anos.</em></div><div><em><br /></em></div><div><em><strong> 2013</strong></em></div><div><em>20% cotas raciais</em></div><div><em>12,5% cotas sociais</em></div><div><em>67,5% sistema universal</em></div><div><em><br /></em></div><div><em><strong> 2014</strong></em></div><div><em>5% cotas raciais</em></div><div><em>25% cotas sociais</em></div><div><em>70% sistema universal</em></div><div><em><br /></em></div><div><em><strong> 2015</strong></em></div><div><em>5% cotas raciais</em></div><div><em>37,5% cotas sociais</em></div><div><em>57,5% sistema universal</em></div><div><em><br /></em></div><div><em><strong> 2016</strong></em></div><div><em>5% cotas raciais</em></div><div><em>50% cotas sociais</em></div><div><em>45% sistema universal</em></div><div><em><br /></em></div><div><em><strong>Fonte:</strong> Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe/UnB)</em></div><div> </div><div>A matéria completa está disponível <a href="#h2href:eyJ0aXR1bG8iOiJFeHRlcm5vOiBodHRwOi8vaW1wcmVzc28uY29ycmVpb3dlYi5jb20uYnIvYXBwL25vdGljaWEvY2FkZXJub3MvY2lkYWRlcy8yMDE2LzAxLzE2L2ludGVybmFfY2lkYWRlcywxOTQ3MjMvZXNjb2xhLWRhLWV4ZW1wbG8tZGUtc3VwZXJhY2FvLnNodG1sIiwibGluayI6Imh0dHA6Ly9pbXByZXNzby5jb3JyZWlvd2ViLmNvbS5ici9hcHAvbm90aWNpYS9jYWRlcm5vcy9jaWRhZGVzLzIwMTYvMDEvMTYvaW50ZXJuYV9jaWRhZGVzLDE5NDcyMy9lc2NvbGEtZGEtZXhlbXBsby1kZS1zdXBlcmFjYW8uc2h0bWwiLCJwYWdpbmEiOiIiLCJpZF9zaXRlIjoiIiwibW9kdWxvIjp7InNjaGVtYSI6IiIsImlkX3BrIjoiIiwiaWNvbiI6IiIsImlkX3NpdGUiOiIiLCJpZF90cmVlYXBwIjoiIiwidGl0dWxvIjoiIiwiaWRfc2l0ZV9vcmlnZW0iOiIiLCJpZF90cmVlX29yaWdlbSI6IiJ9LCJyc3MiOnsic2NoZW1hIjoiIiwiaWRfc2l0ZSI6IiJ9LCJvcGNvZXMiOnsiYWJyaXIiOiJfc2VsZiIsImxhcmd1cmEiOiIiLCJhbHR1cmEiOiIiLCJjZW50ZXIiOiIiLCJzY3JvbGwiOiIiLCJvcmlnZW0iOiIifX0=" target="blank">aqui</a>, para assinantes. 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